Em 1962, três homens protagonizaram uma das fugas mais ousadas da história, desafiando as chances e deixando uma pergunta que ecoa até hoje: sobreviveram? Alcatraz, conhecida como “A Rocha”, era a prisão federal mais temida dos Estados Unidos, localizada em uma ilha na Baía de São Francisco. Cercada por águas geladas e correntes traiçoeiras, a penitenciária era considerada inescapável. Nenhuma fuga bem-sucedida havia sido registrada. Até aquele ano.
Os protagonistas dessa história foram Frank Morris e os irmãos John e Clarence Anglin, criminosos condenados por assaltos a banco. Inteligentes e determinados, eles elaboraram durante meses um plano meticuloso e audacioso para escapar. O trabalho começou nas celas, onde identificaram um ponto vulnerável: as grades de ventilação. Munidos de colheres de metal, começaram a escavar o concreto enfraquecido, escondendo os progressos com grades falsas feitas de papelão pintado. Cada detalhe era calculado.
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As noites eram dedicadas ao trabalho. Enquanto os outros presos dormiam, os três avançavam no plano. Para enganar os guardas durante as rondas, criaram cabeças falsas feitas de papel machê, gesso e cabelo verdadeiro coletado do salão da prisão. Essas cabeças eram deixadas nas camas para simular que estavam dormindo. O plano ia além das celas. Atrás delas, os túneis escavados levavam a um corredor de manutenção, onde os fugitivos trabalhavam em segredo na construção de uma jangada improvisada. Usando cerca de 50 capas de chuva costuradas e impermeabilizadas com cola e calor dos canos de vapor, eles criaram a embarcação que usariam para enfrentar as águas traiçoeiras da baía.
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Na noite de 11 de junho de 1962, a fuga foi colocada em prática. Após saírem pelas grades disfarçadas, atravessaram o corredor de manutenção e subiram ao telhado. Com movimentos arriscados e coordenados, desceram pela lateral da prisão até a costa. Finalmente, lançaram-se nas águas geladas da Baía de São Francisco usando a jangada improvisada. A partir desse ponto, seu destino tornou-se um mistério. Quando os guardas descobriram a fuga, os homens já estavam longe, e a prisão foi tomada pelo caos.
As buscas começaram imediatamente. Helicópteros, barcos e mergulhadores vasculharam a baía. Dias depois, foram encontrados remos, pertences e uma capa de chuva. Nenhum corpo foi localizado, e as autoridades concluíram que os três provavelmente se afogaram. Mas será mesmo?
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O caso foi oficialmente encerrado pelo FBI em 1979, mas rumores e evidências sugerem outra história. Fotos alegadamente tiradas dos irmãos Anglin no Brasil surgiram anos depois, e especialistas em reconhecimento facial afirmaram que poderiam ser autênticas. Em 2013, uma carta atribuída a John Anglin foi enviada ao FBI. Nela, ele afirmava que os três haviam sobrevivido e viviam escondidos. Pesquisas realizadas em 2014 apontaram que, dependendo das correntes marítimas, a jangada poderia ter chegado com sucesso à costa.
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Até hoje, o destino de Frank Morris e dos irmãos Anglin permanece incerto. Sobreviveram e recomeçaram suas vidas ou foram tragados pelas águas da baía? Uma coisa é certa: a fuga de Alcatraz continua sendo um enigma fascinante, um feito que mesclou engenhosidade, coragem e uma boa dose de mistério.
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