Luis Fabiano da Silva, preso em flagrante em Novo Hamburgo (RS) por porte ilegal de arma de fogo, foi solto após pagamento de fiança. Ele é apontado como um dos envolvidos na tentativa de atentado contra o show da cantora Lady Gaga, realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último sábado (03). O evento era o alvo de um plano terrorista desarticulado pela Polícia Civil. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), a fiança foi determinada pela autoridade policial.

Apesar da liberação, Luis Fabiano ainda será submetido a uma audiência de custódia nesta segunda-feira (05). O site Metrópoles tentou contato com as Secretarias de Segurança Pública do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, além das polícias civis dos dois estados, para esclarecer os motivos da soltura. Até a última atualização da reportagem, nenhuma das instituições havia se manifestado.

Reações e repercussão

A liberação do suspeito causou forte repercussão nas redes sociais. Muitos usuários expressaram indignação diante das circunstâncias da prisão e da gravidade das acusações. A deputada federal Erika Hilton comentou o caso na rede social X (antigo Twitter), classificando a decisão da Justiça como “absurda”.

Ela afirmou: “O homem acusado de liderar o grupo que planejou um atentado terrorista no show da Lady Gaga foi solto após pagar fiança. Esse grupo também promovia pedofilia, misoginia e LGBTfobia nas redes sociais. No momento da prisão, ele portava uma arma de fogo ilegal.”

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O plano de ataque: o que se sabe até agora

A Polícia Civil do Rio de Janeiro evitou um atentado que seria realizado com coquetéis molotov e explosivos improvisados durante o show de Lady Gaga em Copacabana. A operação que desarticulou o plano foi batizada de Fake Monster e revelou a atuação de uma célula extremista que promovia ódio, violência e crimes virtuais. As investigações apontam que o ataque seria parte de um “desafio coletivo” proposto em ambientes virtuais, com o objetivo de alcançar notoriedade digital.

Jovens — incluindo adolescentes — eram aliciados para participar da ação criminosa, cada um com uma função específica. O grupo operava em redes sociais e aplicativos de mensagem, onde disseminava conteúdos relacionados a:

  • Terrorismo
  • Pedofilia
  • Automutilação
  • Incentivo ao suicídio
  • Discurso de ódio, principalmente contra o público LGBTQIA+ e mulheres

A investigação teve início após um alerta da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil, com apoio técnico do Ciberlab, do Ministério da Justiça.

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Ações policiais e prisões

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em nove municípios de quatro estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Durante as ações, foram apreendidos aparelhos eletrônicos e materiais suspeitos, que estão sendo analisados. Além da prisão de Luis Fabiano da Silva no Rio Grande do Sul, um adolescente foi apreendido no Rio de Janeiro por armazenar pornografia infantil.

Em Macaé (RJ), a polícia identificou outro integrante do grupo que planejava assassinar uma criança em uma transmissão ao vivo. Esse suspeito foi indiciado por terrorismo e incitação ao crime.

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