Especialista explica o porquê de Preta Gil não poder mais ficar exposta ao sol; confira

Preta Gil, conhecida cantora e filha do renomado Gilberto Gil, tem enfrentado uma batalha desafiadora contra o câncer, que infelizmente retornou e se espalhou para múltiplas áreas do corpo. Recentemente, a artista compartilhou nas redes sociais que, com o retorno do tratamento, ela precisa evitar a exposição ao sol e adotar medidas rigorosas de proteção. Essa necessidade gerou curiosidade entre os fãs e seguidores. Para entender melhor os motivos por trás dessa recomendação, conversamos com a especialista Rita de Cássia Rosário Cavalheiro, oncohematologista do Hospital Santa Clara.

Preta Gil (Reprodução, TV Globo)

Em um post no Instagram, Preta Gil mencionou que, além de começar sua reabilitação fisioterapêutica, ela precisaria se proteger do sol de maneira mais intensa. Ela destacou que agora deve usar protetor solar o dia todo, mesmo em casa, e optar por roupas de manga longa, devido à sensibilidade da pele provocada pelo tratamento: “Está frio em São Paulo e quero um sol, mas não posso”, relatou a cantora, evidenciando a seriedade das recomendações que recebeu de sua equipe médica.

Para esclarecer a razão dessa orientação, a especialista Rita de Cássia Rosário Cavalheiro explica que o tratamento do câncer, incluindo quimioterapia, radioterapia e algumas medicações, pode tornar a pele do paciente extremamente sensível: “Durante esse tipo de tratamento, a pele pode ficar mais vulnerável a queimaduras solares, mesmo com uma exposição moderada ao sol. O tratamento e certas medicações podem prejudicar o tecido das células da pele, tornando-a mais suscetível a danos”, afirma Rita.

A especialista detalha que é comum que a pele de pacientes oncológicos se torne irritada e sensível durante e após o tratamento: “Quimioterapia, radioterapia e algumas medicações podem causar vermelhidão, ressecamento, coceira, irritação, descamação e até escurecimento do tecido da pele. Por isso, é recomendado o uso intenso de proteção solar até um ano após o tratamento radioterápico”, explica.

Embora os pacientes com câncer possam desfrutar de atividades ao ar livre, como ir à praia, a especialista ressalta que a proteção solar deve ser rigorosa: “A recomendação é usar proteção alta e evitar a exposição nos horários em que o sol está mais forte. É crucial também manter a hidratação da pele, aplicando hidratantes e consumindo bastante líquido. Além disso, lenços e chapéus são altamente recomendados, especialmente para proteger a área da cabeça, que pode ser sensível devido à perda de cabelos”, orienta Rita.

Além da proteção contra o sol, Rita ressalta a importância de cuidados adicionais para prevenir infecções: “Os pacientes devem evitar tirar cutículas, o que pode abrir portas para infecções, e tomar cuidado redobrado ao usar lâminas de depilação para prevenir irritações. É essencial se secar bem após o banho para evitar micoses e outras infecções”, acrescenta a especialista.

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O tratamento do câncer impõe desafios significativos e exige cuidados especiais que vão além da medicação e dos procedimentos médicos. Para Preta Gil e muitos outros pacientes oncológicos, a proteção da pele contra o sol é uma parte crítica do processo de tratamento e recuperação. A compreensão e adesão a essas recomendações podem fazer uma grande diferença na qualidade de vida e na saúde geral durante essa fase difícil. A orientação de especialistas como Rita de Cássia fornece uma visão valiosa sobre os cuidados necessários para enfrentar os efeitos colaterais do tratamento e proteger a saúde da pele.

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