Sempre vimos em filmes de ação e aventura que, quando tripulantes ficam ilhados, a melhor escolha a se fazer é escrever SOS na areia ou mandar um bilhete na garrafa pelo mar. Na verdade, um caso parecido aconteceu na vida real e foi aqui no norte do Brasil!

Seis pessoas estavam desaparecidas há 18 dias após partir de Santarém, no Pará, para levar uma carga para Chaves, munícipio da Ilha do Marajó. O último contato da embarcação Bom Jesus com os familiares aconteceu no dia 26 de março, dois dias após zarparem.

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O primeiro problema que enfrentaram foi a maré baixa, que os deixou encalhados e sem permitir dar sequência a viagem. Ao chegar no destino, os tripulantes receberam a informação que a pessoa encarregada desistiu de fazer a retirada do carregamento e, por isso, decidiram seguir até Nazaré.

A próxima informação que sabemos vem de um pescador da região do Marajó, que encontrou as garrafas pet amarradas a uma boia e leu o bilhete escrito pela tripulação. “Socorro, socorro! Precisamos de ajuda, nosso barco pegou fogo, estamos há 13 dias na Ilha das Flechas sem comida avise nossa família”, escreveram.

Ao entrar em contato com a Marinha, o pescador salvou a vida de Antônio Oliveira dos Santos, maquinista mecânico, Leilane Carla Ferreira Guimarães, cozinheira, Cristiano de Azevedo Figueira, marinheiro, Joelson da Silva Costa, responsável pela carga, o PM Valdeney Dolzanes Reis, e “Negão”, maquinista.

Na quarta-feira (13), a Marinha organizou uma operação de salvamento com uma aeronave, devido ao difícil acesso da ilha deserta que estavam. Foi então que, por volta das 17 horas, os tripulantes foram resgatados e passaram pela equipe médica. Felizmente, todos estão bem, apenas desidratados.




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A Capitania dos Portos do Amapá iniciou um inquérito administrativo junto com a Marinha do Brasil para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades pelo naufrágio.