As Igrejas Universal e Mundial são conhecidas pelo público por serem cercadas de polêmicas e controvérsias, principalmente no quesito legal. Dessa vez, a Justiça de São Paulo colocou em leilão um templo gigante da Igreja Mundial do Poder de Deus em Santo Amaro, na zona Sul da capital paulista.

O motivo? O fundador da igreja, o pastor Valdemiro Santiago, fez uma dívida de aproximadamente de R$ 410 mil por serviços não pagos. A empresa Guima-Conseco foi contratada em 2017 para realizar a limpeza e controle de pragas dos templos do Brás, sede da Mundial, e de sua subsede, Santo Amaro.

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A instituição passa por uma crise econômica que se agravou com a pandemia desde 2019, quando deixou de pagar três parcelas do contrato. O valor cobrado inclui os pagamentos não realizados, correção monetária, juros e multa.

Valdemiro chegou a fazer um acordo com a prestadora de serviços para quitar o débito, mas não o cumpriu. Sua justificativa é que o fechamento temporário das igrejas em razão da pandemia do coronavírus agravou o colapso financeiro que estão passando.

Por conta disso, os advogados tentaram anular a ida do imóvel a leilão, argumentando que a avaliação monetária está muito acima do valor homologado pelo juiz. “A não suspensão do leilão poderá acarretar em grande prejuízo patrimonial para a Igreja Mundial”, afirmaram.

Segundo o documento do magistrado, o templo de 46,8 mil m² vale aproximadamente R$ 34 milhões. Inaugurado em 2014, o edifício tem capacidade para receber 20 mil pessoas, um setor administrativo com cinco pavimentos, piscina e estacionamento para quase mil veículos.

A Mundial declara que o prédio está avaliado em R$ 260 milhões, mas a Justiça negou, afirmando que o prazo para questionar os valores já venceu. Assim, os advogados podem apresentar outros recurso, ainda que o leilão já tenha data marcada: 10 de maio.

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Outras empresas cuja igreja também deve estão entrando com pedidos para que sejam pagos com os valores obtidos na venda do imóvel.