Na última quinta-feira (28) o McDonald’s admitiu que seus novos hambúrgueres “McPicanha” na verdade não são feitos com pichanha e sim com “um blend de cortes selecionados”. Após ser notificado pelo Procon-SP, a rede de fast-food lamentou que “a comunicação criada sobre os novos produtos possa ter gerado dúvidas”.

A propaganda enganosa envolvendo a indústria alimentícia está longe de ser um caso isolado das redes de fast-food. Veja 5 casos em que grandes empresas se deram mal com o marketing enganoso no Brasil e ao redor do mundo.

#1. Bauducco

Em 2007 a Bauducco aproveitou o lançamento do novo longa-metragem da série de filmes do Sherek para divulgar uma nova promoção chamada “É hora do Sherek”. A promoção consistia em juntar cinco embalagens da linha Gulosos e pagar mais R$5 para ganhar um relógio temático criado pela empresa.

O problema é que além dessa caso ser considerado venda casada, já que só era possível conseguir o relógio comprando as bolachas, a propaganda era direcionada ao público infantil. Em 2013 a Bauducco foi condenada a pagar R$300 mil em multa.

#2. Tang

Em 2017 a linha Tang criu uma esstratégia de marketing em que colocavam em suas embalagens a informação de que seus produtos não utilizavam corantes artificiais, com a finalidade de tornar os refrescos em pó mais atraentes ao público por serem mais saudáveis do que realmente eram.

Entretanto, a empresa esqueceu de acrescentar a informação de que utilizavam outros tipos de corantes na fórmula. A ausência dessa informação na embalagem, rendeu a Mondelez, marca detentora da Tang, uma multa de R$1 milhão. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a prática feria os princípios da transparência e da boa-fé.

#3. Sadia

Muito semelhante ao caso que envolveu a Bauducco, a Sadia enfrentou problemas com o lançamento de uma campanha que recompensaria os consumidores com um bicho de pelúcia temático durante a realização dos jogos Pan Americanos que aconteceu no Rio de Janeiro em 2007.

Para ganhar o bicho de pelúcia, bastava juntar selos que eram encontrados nos produtos da marca e com mais R$3 a troca poderia ser feita. Mais uma vez em 2009 o Procon-SP caracterizou a prática como venda casada e a empresa teve que pagar uma multa de R$ 305 mil. A Sadia recorreu mas o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou que a campanha era abusiva.

#4. Água com gás

Muitas empresas de água com gás já foram processadas por propaganda enganosa envolvendo o sabor das bebidas. O fato se dá devido às marcas anunciarem suas bebidas como “bebidas saborizadas” como saber de uva, limão, laranja ou qualquer outra fruta.

Em 2020 empresas como Whole Foods e Kroger foram atingidas devido a esse tipo de propaganda. A reclamação de um consumidor apresentada contra a Kroger na Califórnia, nos Estados Unidos, alegava que a empresa vendia água com gás sabor “cereja preta” ou “uva branca” sem dizer que na verdade as garrafas eram aromatizadas artificialmente em vez de com extratos dos frutos.

#5. Activia

Em 2008, a Danone, dona da linha Activia, vinculou às suas propagandas a informação de que o produto poderia ser utilizado para o “tratamento intestinal”. Essa informação entretanto está incorreta e Activia não serve para tratamentos de saúde. O produto apenas ajuda a equilibrar a flora intestinal e não pode ser usado como remédio. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária considerou a propaganda enganosa em 2009 e a empresa foi multada em US$ 21 milhões nos Estados Unidos.

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Você já se deparou com uma propaganda enganosa assim?

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