Aline ficou com uma barata presa em seu ouvido por mais de 24 horas, em Cabo Frio, Rio de Janeiro. Sua luta foi longa, pois a rede pública não tinha material para o atendimento adequado e não obtiveram sucesso na remoção do inseto. Ela contou que a barata entrou em seu ouvido por volta das 3h30 da madrugada de domingo (05).

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De acordo com os relatos nas redes sociais, Aline estava dormindo depois de uma noite de trabalho e durante a madrugada sentiu o inseto se aproximando. “Quando ela [barata] bateu, eu estava dormindo. Houve um desespero tão grande que ela acabou entrando no meu ouvido. Foram horas de agonia. Ela ficava me mordendo e se mexendo”, relatou.

A mulher correu para o hospital mais próximo, o Hospital Otime Cardoso dos Santos, localizado no Jardim Esperança, Cabo Frio. “O atendimento aconteceu rápido, quase todos os médicos e enfermeiros estava ao meu lado e a dor era muito grande que eu ficava me mordendo e apertando o pescoço”, descreveu.

Os médicos tentaram usar um sugador, mas não houve sucesso. “Já eram 7h da manhã e não tinha mais o que fazer pela falta de material. Não tinha nenhum material ou medicamento para ouvidos. Mesmo que tivesse caído um feijão eles não iam conseguir tirar, porque não tem o material.”

Aline afirmou que a equipe fez de tudo e foram atenciosos a todo momento que ela esteve presente, mas que não havia como prosseguir. “Eles jogaram água e tentaram puxar com uma pinça, só que quanto mais eles tentavam puxar, mas doía. A dor era tão forte que eu não conseguia ficar parada. Quando acabou o procedimento eles disseram que não tinha mais o que fazer.”

Aline seguiu para o Hospital São Pedro da Aldeia, município vizinho. Lá ela passou por um procedimento para remover resíduos do inseto. “Eles foram puxando aos poucos, mas ela ainda estava viva. Quanto mais puxavam, mais a barata entrava. Foi uma guerra. Então a médica disse que iam afogar ela jogando água e vaselina.”

Durante a noite foi feito um pedido de transferência. “Eles falaram que eu precisava tirar logo a barata do meu ouvido”, escreveu nas redes sociais. As pressas, uma servidora social entrou em contato com o governo de Araruama, mas não teve resposta.

Aline ficou até as 14h sem conseguir retirar a barata por completo. O inseto já estava morto e ela sentia muita dor. No hospital não havia anestesia local e nem otoscópio, o que dificultou ainda mais no trabalho da remoção. Às 17h22, Aline relatou que os médicos identificaram que a barata estava atrás de seu tímpano e que estava sendo removida aos poucos. A operação durou a noite toda. Ela foi orientada a procurar um otorrinolaringologista.

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Até as 22h do dia seguinte, Aline ainda não tinha obtido nenhuma posição do governo para alguma possível transferência. A repercussão do caso foi tão grande que uma clínica particular entrou em contato para remover gratuitamente o inseto de seu ouvido. “Minha orelha está inchada e tampada. O médico conseguiu remover a barata do meu ouvido. Foi bem rápido e não demorou nem dois minutos”, disse em seu Instagram.

Aline está tomando medicamentos e que ainda está com o seu ouvido muito sensível. “Consegui tirar a barata do meu ouvido, agora é esperar. Torcer para que as coisas melhorem.”

Ao seu procurada, a Prefeitura de Cabo Frio informou que “o atendimento à paciente em questão foi realizado na emergência do Hospital Otime Cardoso dos Santos. Por se tratar de um caso específico, em que é necessária a atuação de médico especialista, foi agendado atendimento no PAM de São Cristóvão, para hoje [nesta segunda], às 11h, com um otorrinolaringologista. Contudo, a paciente conseguiu atendimento antes deste horário em clínica particular”, disse o município através de uma nota.

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Apesar da prefeitura informar que houve um agendamento, a paciente disse que não foi comunicada e que soube através dp RJ1, que foi ao ar meio-dia.

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