Nesta segunda-feira (27), a Polícia de San Antonio, uma cidade no estado norte-americano do Texas, foi notificada de um caminhão abandonado em uma rodovia. De acordo com a imprensa local, pelo menos 50 pessoas faleceram devido ao calor forte, enquanto 16, entre elas quatro crianças, foram levadas ao hospital.

A situação foi denunciada por um funcionário de um prédio próximo que, ao ouvir um grito de socorro, decidiu investigar o veículo. Ele encontrou as portas do contêiner parcialmente abertas e, ao abrir, encontrou os corpos. Três pessoas foram detidas no local, porém as investigações ainda não sabem afirmar se estão conectadas com o caso ou não. As especulações envolvem tráfico humano.

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Até o momento, acredita-se que as vítimas sejam imigrantes das mais diversas regiões, como México, Honduras e Guatemala, que tentavam entrar de maneira ilegal no Estados Unidos. “Eles tinham famílias… e provavelmente estavam buscando uma vida melhor. É simplesmente uma terrível tragédia humana“, disse o prefeito de San Antonio, Ron Nirenberg.

Em depoimento, o chefe da equipe de Bombeiros afirmou que os profissionais que auxiliaram na operação precisarão de apoio psicológico. “Os pacientes que vimos estavam quentes ao toque, estavam sofrendo de insolação, exaustão pelo calor e sem sinais de água no veículo. Era um caminhão refrigerado, mas não havia unidade de ar condicionado visível em funcionamento“, afirmou Charles Hood.




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Nas redes sociais, o papa Francisco, fortemente engajado na luta contra a crise imigratória, pediu orações para as vítimas. “Com tristeza, ouvi a notícia da tragédia dos migrantes no Texas e em Melilla. Vamos orar juntos por esses irmãos e irmãs que morreram seguindo sua esperança de uma vida melhor; e para nós mesmos, que o Senhor possa abrir nossos corações para que esses infortúnios nunca mais aconteçam“, escreveu.

A cidade onde o caso foi registrado, San Antonio, já viu uma tragédia parecida em 2017, quando encontraram um caminhão com dez corpos no estacionamento de um supermercado. Na época, o motorista afirmou que não tinha conhecimento da carga e foi condenado à prisão perpétua.