Victoria Camacy Amorim Correia Bartolomeu é filha do pastor Arilton Moura, que foi apontado como um dos líderes do gabinete MEC (Ministério da Educação) e preso durante a investigação de supostos desvios de verba, recebeu R$ 3.900 do Auxílio Emergencial. O marido de Victoria, Helder Diego recebeu R$ 4.150.

De acordo com a plataforma do governo, de maio até dezembro de 2020, Victoria teria recebido cinco parcelas de R$ 600 reais e três de R$ 300. As informações sobre o marido da filha do pastor, também constam no benefício governamental. Helder recebeu cinco parcelas de 600 e três de R$ 300 entre maio de dezembro de 2020. Segundo a plataforma, o homem recebeu mais R$ 250 em abril deste ano. Juntos, o casal recebeu R$ 8.050 de auxílio.

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O benefício do casal foi obtido através do CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais), mostrando que ambos não recebiam benefícios do governo federal anteriormente. Victoria e Helder se cadastraram pelo município de Ananindeua, Belém e desde 2021 eles se mudaram para Goiânia.

Em suas redes sociais, Victoria se define como “microempreendedora”. Ela possui uma loja online que produz bonecas, laços e outros acessórios infantis. A conta do ateliê conta com quase 500 seguidores.

Victoria seria a mulher que a defesa de Milton Ribeiro afirmou ter comprado em fevereiro deste ano, por R$ 32 mil, um carro avaliado em R$ 50 mil. O valor é menos que o estimado pela tabela Fipe, usada como referência para negociações de veículos usados.

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“O carro era um EcoSport, vendido por preço de mercado. Ele foi vendido para a filha do pastor Arilton, venda regular, não há como se cogitar qualquer forma de ilicitude”, comentou o advogado Daniel Bialski, afirmando não saber quem seria o autor do depósito. O carro foi negociado por R$ 60 mil. Os R$ 10 mil que faltavam foram pagos de outra maneira que não foi detalhada.

Entretanto, documentos mostram que o carro vendido era um Kia Sportage EX2 2015/2016, não um EcoSport, como foi confirmado por Bialski. A tabela Fipe mostra que o valor de referência do automóvel em fevereiro, mês que aconteceu a negociação, era de R$ 92 mil. A família Ribeiro vendeu por R$ 30 mil a menos que o esperado no preço de mercado.

Ao entrar em contato com Bialski, ele afirmou que se confundiu com os modelos de veículos e que “ninguém vende carros pelo valor mostrado na tabela Fipe”. Ele também disse não saber o estado do veículo, se há multas ou impostos pendentes, mas que iria verificar.