A holandesa Indy Mellink notou que a desigualdade de gênero está presente até nas cartas de baralho, onde a carta do rei (K) sempre vale mais que a da rainha (Q), e resolveu mudar essa história criando um baralho de “gênero neutro”, em que as cartas dos monarcas são substituídas por elementos.

Durante a explicação de um jogo de cartas para seus primos, Indy foi questionada sobre o porquê de o rei valer mais que a rainha. Então, incentivada por seu pai, a psicóloga resolveu que era hora de acabar com a tradição secular de desigualdade em baralhos.

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“Se temos essa hierarquia de que o rei vale mais do que a rainha, então essa sutil desigualdade influencia as pessoas em sua vida diária, porque é apenas outra maneira de dizer ‘ei, você é menos importante? Mesmo desigualdades sutis como essa desempenham um grande papel”, disse ela em uma entrevista. A solução para o problema veio inspirada nos Jogos Olímpicos. Mellink resolveu trocar as cartas do Rei, Dama e Valete por Ouro, Prata e Bronze, as cores das medalhas dos jogos. Sem gênero, a desigualdade desaparece e a compreensão e validade das cartas continuam as mesmas. “Foi um negócio que pensei e que todos entendem facilmente”, comentou.

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Assim que lançou, amigos e familiares compraram as primeiras unidades, mas depois de começar a vende-los online, a holandesa já enviou mais de 1500 pacotes para clientes até de países como Bélgica, Alemanha, França e Estados Unidos. Logo, lojas de jogos demonstraram interesse pelo produto. O baralho, nomeado de GSB (Gold, Silver, Bronze), tem a figura de barras de ouro na carta mais forte, moedas de prata na intermediária e um escudo de bronze na mais fraca.

Será que a moda pega?