A Turma da Mônica é uma série de histórias que marca os brasileiros há várias décadas e é exemplo de representatividade. Seu criador, o cartunista Maurício de Sousa, já criou personagens negros, com deficiências, indígenas e asiáticas sem estereótipos negativos que geralmente o acercam.

Mesmo afastado da criação e operando apenas como supervisor dos 400 artistas que emprega, ele ainda tem um desejo que busca realizar: criar um personagem gay para a saga. Em 2009, Maurício passou perto disso ao criar Caio, amigo de Tina, que indicava outro rapaz ao dizer que era comprometido.

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Embora sua sexualidade não tenha sido abordada abertamente, o personagem foi duramente criticado e o cartunista pensou que ainda era cedo para a mudança. “A homossexualidade é um tema que a gente está discutindo faz tempo e aguardando o que vai acontecer socialmente para que possamos ter personagens gays. Está chegando o momento“, disse para a Folha de S. Paulo.

Um dos filhos de Maurício, Marco Sousa, é gay e especula-se que será fonte de inspiração para a criação do novo personagem. Foi com essa estratégia que ele pensou em Cebolinha e Cascão, inspirados em amigos de infância, e Mônica e Magali, que surgiram de suas filhas. “Eu não inventei nada. Tudo estava ao lado. Só copiei“, contou.

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Ainda assim, o cartunista declara que não se envolve com política. “Meus personagens são crianças, e criança não mexe com política. A gente não faz ativismo. Tenho que usar o velho recurso da borracha: ‘Apaga’. Isso é intocável“, finalizou.

Com o lançamento da produção ‘Turma da Mônica – A Série’, Maurício também anunciou que está trabalhando em mais 13 filmes e séries para o universo inspirado nos quadrinhos. Essa é a chance para a inovação e a criação de um personagem LGBTQIA+.

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