Em 2020, a apresentadora Lívia Braz foi demitida da Record TV após seus colegas de trabalho a denunciarem por comentários preconceituosos e racistas. Recentemente, a jornalista foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal por injúria racial por causa dos episódios.

O inquérito divulgado pelo portal Metrópoles mostra que, segundo os relatos, Lívia frequentemente comparava a vítima, uma mulher negra, com o personagem Patolino, do desenho animado Looney Tunes. Em outra ocasião, a ex-apresentadora do ‘DF Record’ falou em um grupo do WhatsApp que a colega parecia um “carvão” em uma foto.

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Costumava dizer que não gostava de pobre, chegando a dizer que tinha horror a Águas Claras, pois lá só tinha pobre. Em outra oportunidade a declarante testemunhou Lívia maltratando uma estagiária, que chegou a chorar. […] Diz que Lívia costumava falar também mal de pessoas gordas e das roupas das outras pessoas. Atitudes sempre reprováveis de convívio“, diz um trecho do documento.

A delegada responsável pelo caso, Scheyla Cristina Costa Santos, concluiu que Lívia praticou o delito de injúria qualificada. Agora, o inquérito será encaminhado para o Ministério Público do Distrito Federal, que irá avaliar se o caso deve ou não ser denunciado para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

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Ao ser procurada, a defesa da jornalista disse não estar ciente do indiciamento. O advogado Marcus Gusmão declarou que tudo não passava de uma “história mal contada” e argumentou que Lívia não era participante no grupo de WhatsApp de colegas do trabalho em questão.

O que acontece é que essas mensagens foram trocadas dentro de um determinado grupo, grupo esse que ela nunca fez parte. Essas mensagens foram trocadas dentro desse contexto em que foram outras pessoas que falaram“, disse.

O que você achou das declarações de Lívia?