O apresentador Gilberto Barros foi condenado a dois anos de prisão pelo Tribunal de Justiça de São Paulo nesta segunda-feira (15) após falas homofóbicas. Durante um episódio do seu programa no YouTube ‘Amigos do Leão’ em setembro de 2020, ele incitou a discriminação por orientação sexual.
“Tinha que presenciar, no lugar onde guardava o carro, beijo de língua de dois bigodes. Porque tinha uma boate gay lá na frente. Não tenho nada contra, mas também vomito, sou gente. Naquela época ainda, imagina. Chegando do interior… Hoje em dia, se quiser fazer [na minha frente], faz, mas apanha os dois“, disparou o apresentador.
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A defesa de Gilberto argumentou as falas do apresentador “não causaram risco social à comunidade LGBTQIAP+” e que “pelo seu sangue italiano ele costuma falar muito”. Entretanto, a juíza Roberta Hallage Gondim Teixeira não aceitou e julgou Gilberto Barros como culpado.
Como ele é réu primário e a pena é inferior a quatro anos, a juíza substituiu a prisão por medidas restritivas de direito. Além disso, Barros deverá pagar cinco salários mínimos, que serão usados na compra de cestas básicas, e prestar serviço à comunidade durante dois anos. Ele ainda pode recorrer.
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Na época, a denúncia foi feita pelo jornalista e ativista LGBTQIA+ William de Lucca, que prestou depoimento como testemunha do caso. No Twitter, ele comemorou a decisão da juíza: “Hoje é um dia histórico”.
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