O Círculo de Fogo do Pacífico, ou apenas “Anel de Fogo do Pacífico” é a maior região tectonicamente ativa do nosso globo. Como todos sabemos, os continentes e oceanos flutuam por cima de imensas placas rochosas no interior do planeta, denominadas Placas Tectônicas. Países que estão localizados no centro de placas, como é o caso do Brasil, que está no centro da Placa Sul-Americana, estão mais protegidos de atividades sísmicas, ainda assim conseguimos encontrar antigos cones de vulcões inativos em algumas regiões do país, ou até mesmo tremores de terra numa escala mais baixa.  

Costa Oeste da América do Sul (Região tectonicamente ativa)

Não é o caso de muitos países que estão localizados na costa Oeste dos continentes América do Norte, onde estão países como Estados Unidos, México e Canadá, e na América do Sul, compreendendo sobretudo a região litorânea do Chile. Ao Norte o círculo de fogo alcança o Ártico e na Ásia e Oceania, sobretudo a costa Leste e ilhas do Pacífico. 

Região que compreende o Círculo de Fogo do Pacífico

A atividade sísmica nessas áreas são altas, pois nelas encontram-se os limites de placas e a atividade interna do planeta é intensificada a cada movimento realizada por elas. Cerca de 90% dos terremotos e vulcões do mundo todo ocorrem no Anel de Fogo do Pacífico. Não é muito difícil acompanhar notícias de terremotos, ou maremotos que devastou várias áreas, como aconteceu no Japão em 2004.  

Tsunami que devastou o Japão em 2004

Quando as placas oceânicas entram em contato com as placas continentais podem formar grandes ondas, vulcões ou até mesmo terremotos. A maioria das grandes formações de montanhas, por exemplo, são frutos de uma atividade sísmica alta, como é o caso da Cordilheira dos Andes, localizada na América do Sul e a Cordilheira do Himalaia, no Sul asiático.

Cordilheira dos Andes (formação de montanhas que se formou com a atividade vulcânica)

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Regiões de limites de placas geralmente possui o perigo de desastres naturais. A ação tectônica, como vimos, pode ser construtiva, pois forma um novo relevo, ilhas e formações de montanhas, mas também pode ser destrutiva, pois como maioria são difíceis de prever, as autoridades não conseguem evacuar as grandes áreas antes do desastre. Muitos estudiosos questionam se atividades mineradoras e de exploração de petróleo e gás podem intensificar ou desencadear novas atividades sísmicas, mas ainda não existem evidências concretas.

Os países que vivem sob a ameaça de atividade sísmica, levam a população a estocar alimentos, água e kits de primeiros socorros em locais seguros, para que após a catástrofe, consigam retomar com as suas vidas. Países como o Japão e algumas ilhas do Pacífico e Índico já possuem tecnologia anti sísmica, com infraestrutura e obras de engenharia criadas para suportar terremotos até em escala mais alta, algo como “balança, mas não cai”.  

Prédio residencial após abalo sísmico no Taiwan

Como vimos, a atividade tectônica é natural e independe do ser humano. Quase não se conseguem prever uma nova atividade das placas, mas é possível se preparar. Afinal, o que não fazemos nesse planeta, senão nos adaptar às suas condições?  

E aí, já tinha ouvido falar da região do Círculo de Fogo do Pacífico? Conta pra gente.