Localizada no estado do Rio de Janeiro, é também conhecida como Ilha da Queimada Grande, essa ilha está a 35km do litoral paulista. A curiosa ilha tem a segunda maior população de cobras do mundo, perdendo apenas para a Ilha de Shedao, na China.
Quase todas as cobras desta ilha são da espécie jararaca-ilhoa, sendo esta, uma espécie exclusiva desta ilha. A ilha possui cerca de 45 cobras por hectare e já foi considerado o lugar mais perigoso do mundo pelo site Listverse em 2010. As cobras jararaca-ilhoa são venenosas e possuem um veneno letal, podendo levar a morte do indivíduo 2 horas após a mordida. O veneno desta espécie é estudado pelo Instituto Buntantan e segundo os cientistas, a morte de uma pessoa mordida pode se dar pela falência geral dos órgãos. Embora seja um veneno letal, a sua substância tóxica é utilizada para a produção de remédios para a hipertensão.
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A ilha foi descoberta por colonizadores portugueses no ano de 1532 durante uma das expedições de Martim Afonso de Souza, e um dos primeiros feitos dos colonizadores foi realizar uma grande queimada na ilha, surgindo daí o nome “Ilha da Queimada Grande”. Graças ao seu perigo para a integridade física dos seres humanos, a ilha não possui acesso fácil. Apenas a Marinha é autorizada a adentrar a ilha, logo, não há ser humano algum tem autorização de habitá-la.
Como a peçonha das cobras jararaca-ilhoa é utilizada para a produção de remédios e outros fins, a ilha é alvo de biopirataria (extração ilegal dos recursos com fins comerciais). Há um mercado clandestino que ameaça esta espécie, levando a mesma ao risco de extinção.
Como é uma ilha inabitada, muitas lendas circulam a Ilha das Cobras. Uma das lendas é que as cobras foram colocadas lá por piratas a fim de proteger um tesouro. Outra história é de que em 1920 foi viver uma família na ilha para cuidar do farol, mas a mesma havia sido morta pelos répteis da ilha. Muita gente acredita ter ouvido a risada da filha deste casal.
Já tinham ouvido falar nesta perigosa ilha? Conta pra gente.