Faltando um mês para a Copa do Mundo do Catar, Neymar é um dos réus de um processo de corrupção empresarial após encontrarem irregularidades em transferência do Santos para o Barcelona, que aconteceu há quase uma década. Nessa segunda-feira (17), o craque foi dispensado do julgamento por um motivo para lá de inusitado: cansaço.

Ao lado dos pais, que também estão envolvidos no caso, Neymar foi embora do tribunal após ficar duas horas no local. De acordo com a imprensa espanhola, o juiz acatou o pedido da defesa, que solicitou que o atleta fosse liberado mais cedo da sessão pois foi dormir muito tarde depois da última partida entre o PSG e Olympique de Marselha.

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O clássico entre os clubes franceses terminou às 23h no horário local e Neymar ainda precisou passar pelo controle antidoping, o que atrasou ainda mais sua volta para casa. “Sr. Da Santos Silva Jr. estava marcando um gol e eu já estava na cama“, disse o presidente do tribunal, o juiz José Manuel del Amo.

Eu gosto muito de futebol, sei que o senhor Neymar Júnior ontem estava em campo pelo PSG contra o Olympique de Marselha. Sei que estava fazendo seu trabalho e marcando um gol. Portanto, está dispensado e seus advogados saberão quando ele tem que voltar“, completou a autoridade, arrancando um sorriso de Neymar.

Entenda o caso

Em 2013, o Barcelona anunciou que comprou o jogador do Santos por €17,1 milhões, enquanto a empresa DIS, que era dona de 40% dos direitos do atleta, recebeu €6,84 milhões. Pouco tempo depois, o clube catalão revelou que a transação custou €57 milhões, pois cerca de €40 milhões foram pagos para a empresa de Nadine Gonçalves e Neymar, pais do jogador.

A justiça espanhola calculou que, na verdade, a negociação entre os clubes chegou ao valor de €86,2 milhões. A DIS alega que foram feitas manobras para ocultar o valor real do atleta por meio de outros contratos que não foi envolvida e deveria ter faturado cerca de €34,5 milhões.

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A defesa de Neymar afirma que a “corrupção privada”, crime no qual é julgado, só passou a existir na Espanha em 2014 e não existe no código penal brasileiro. “Embora exista o crime de corrupção privada na Espanha, como nós não temos essa previsão idêntica no Brasil, é impossível a sua aplicação no território nacional“, diz Davi Tangerino, advogado do craque.

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