Recentemente, o rapper norte-americano Kanye West vem sendo duramente criticado na web com declarações polêmicas. Nesta terça-feira (25), a Adidas anunciou que encerrou o contrato da parceria bilionária que tinha com o famoso após ele praticar antissemitismo nas redes sociais.
Desde 2016, a linha Yeezy era um grande sucesso de vendas da marca de artigos esportivos e estava prevista para durar até 2026. Com a decisão, a Adidas interrompeu imediatamente a produção dos produtos ligados ao rapper e parou de realizar os pagamentos a Kanye e suas empresas.
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“A Adidas não tolera antissemitismo ou qualquer outra forma de discurso de ódio. Os comentários e ações recentes de Ye [como Kanye é chamado atualmente] foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça“, afirmou a companhia alemã em comunicado oficial.
Além disso, a marca de artigos esportivos revelou que a decisão trará um prejuízo bilionário. “Espera-se que isso tenha um impacto negativo de curto prazo de até € 250 milhões [cerca de R$ 1,3 bilhão na cotação atual] no lucro líquido da empresa em 2022, dada a alta sazonalidade do quarto trimestre“, completou.
Polêmicas
O boicote a Kanye aconteceu depois que o rapper apareceu usando uma camiseta com a frase “White Lives Matter”, Vidas Brancas Importam em tradução livre, durante o desfile da Yeezy na Semana de Moda de Paris. Para se defender das críticas, ele fez postagens nas redes incitando violência contra a comunidade judaica e reforçou sua posição em programas de TV.
Uma das pessoas que atacou suas declarações foi o rapper Diddy. West rebateu o colega de profissão afirmando que ele era “controlado por judeus”, mas a publicação foi removida do Instagram e sua conta foi bloqueada. Então, o rapper usou o Twitter para questionar Mark Zuckerberg, dono do grupo Meta que controla a rede social.
Em seguida, ele fez publicações dando a entender que atacaria os judeus, usando a expressão “dead con 3 com o povo judeu”. Acredita-se que isso tenha sido uma referência ao termo militar “defcon”, que indica a intensidade de uma ameaça à segurança nacional, sendo o 1 o mais alto e o 5 o mais baixo.
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Com isso, ele também foi bloqueado do Twitter, pois sugeriu que estava se preparando algum tipo de ameaça ao povo judeu ou que ele próprio iria fazer algum ato violento contra eles. Na ocasião, Kanye perdeu contratos com a Vogue, Balenciaga, GAP e outras empresas de outros ramos.
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