Whindersson Nunes está sendo processado por danos morais por um fã que que se acidentou durante um show do artista em julho deste ano, no Minas Tênis Clube, MG. De acordo com a ação, Matheus Samuel Barreto foi empurrado pelo público na entrada da arena e bateu em uma estrutura metálica do local, fraturando o fêmur. O jovem possui osteogênese imperfeita, popularmente conhecida como “ossos de vidro”, doença que prejudica a formação dos ossos e os tornando super frágeis, sendo facilmente quebrados.




Ao comprar as entradas para o evento, o fã acreditou que os organizadores dariam atenção a um item obrigatório, que é necessário em espaços que recebem um enorme público: acessibilidade. Na ocasião, não havia nenhuma fila e entrada preferencial para pessoas deficientes, tendo Matheus que ficar junto dos demais fãs. Na hora que os portões abriram, ele foi orientado a se desviar das pessoas, até que ocorreu o acidente.

Após o acidente, ainda sem saber que havia fraturado o fêmur, Matheus estava sentindo muita dor e dificuldades para andar e solicitou a ajuda dos funcionários com uma cadeira de rodas. Porém, foi informado que não havia o equipamento disponível. O rapaz teve que ser segurado pelos braços, ajudado a subir as escadas, sendo levado para as arquibancadas, na parte superior da arena, não tendo local reservado para pessoas com necessidades especiais.

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Dias depois do acontecimento, a mãe de Matheus chegou a entrar em contato com o Minas Tênis Clube, que não quis se responsabilizar, passando o número de telefone de um dos produtores do evento. O produtor assumiu as falhas e em certo momento, transferiu a responsabilidade da desorganização para o próprio público. Ele chegou a afirmar que o show era de Whindersson Nunes, e que não haveria nenhuma responsabilidade dos produtores sobre acidentes.

Em um dos áudios anexados ao processo, o produtor afirma para a mãe de Matheus que “Whindersson Nunes é quem leva a grana e a produção fica com o trabalho, e a ajuda de livre e espontânea vontade”. Diante dos fatos, Matheus Samuel Barreto abriu uma ação de indenização por danos morais contra Whindersson Nunes, a arena Minas Tênis Clube e a empresa NON STOP Produções LTDA, para que seja compensado pelos transtornos sofridos. O valor da causa ficou em R$ 45 mil.

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Ao serem citados no processo, a NON STOP Produções LTDA, pediu segredo de justiça no caso, argumentando que o humorista é uma pessoa pública e que a forte exposição traria constrangimento desnecessário. O advogado de Matheus se manifestou e rebateu a solicitação alegando que Whindersson ser um artista, não lhe garante nenhum benefício, mantendo assim a ação pública.

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