O cantor Bruno, da dupla com Marrone, obteve sua primeira derrota na Justiça em um processo movido por uma influencer digital. Em setembro deste ano, ele postou em seu perfil do Instagram uma foto das jovens Luana Targino e Thaliane de biquíni segurando um peixe. A imagem pejorativa com piadas machistas, foi feita sem autorização das influenciadoras. Thaliane entrou com um processo contra o cantor alegando danos morais e conseguiu vencer.
A juíza Cláudia Guimarães dos Santos acatou o pedido de Thailane e determinou que Bruno publique no seu perfil do Instagram uma retratação pública, pedindo desculpas pela postagem feita. Na publicação em questão, o cantor usou uma foto das influencers com palavras ofensivas como “Tilaska” e “Tikebra”, se referindo a elas. A defesa argumentou que foi usado a “imagem sem sua autorização e em contornos pejorativos”. Após a polêmica, o sertanejo deletou a publicação.
A juíza ressaltou em sua decisão que a publicação causou “infortúnios” à mulher. “Com razão a autora. A postagem, além de atingir os públicos dos perfis do Instagram da requerente e do requerido, foi veiculada pela imprensa, situação que causou infortúnios à requerente, que inevitavelmente repercute em todo seu meio social”. Se o cantor não fizer uma retratação pública com pedido de desculpas, deverá pagar uma multa diária de R$ 5 mil.
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No início de toda polêmica, Luana Targino também disse que iria processar Bruno. “Na noite de ontem (21/9), a influenciadora Luana Targino foi surpreendida com uma publicação realizada pelo cantor Bruno, integrante da dupla Bruno & Marrone, utilizando indevidamente a sua imagem e de uma amiga, sem qualquer tipo de autorização, com conotação pejorativa”, inicia a nota de esclarecimento.
“É inadmissível, em qualquer setor da sociedade, a propagação ou incitação de discurso misógino, como se as mulheres fossem objeto de consumo, sobretudo partindo de uma pessoa com tamanha expressão no meio artístico, tal qual cantor Bruno. Ainda que a publicação tenha sido removida pelo cantor após a óbvia repercussão negativa, os danos advindos da exposição ultrajante à imagem de Luana se perpetuam com a viralização do conteúdo nas redes sociais”, continuou.
“Diante disso, a assessoria jurídica da influenciadora vem a público repudiar o ocorrido e informar que está adotando as medidas cabíveis necessárias para mitigar os danos causados à sua imagem e evitar que esse tipo de discurso continue sendo reproduzido em desfavor das mulheres. Qualquer mulher, independentemente de sua profissão, pode vestir e publicar o que bem entender. E nem por isso deve tolerar que sua imagem seja tratada ou sexualidade de forma repugnante, tanto na internet quanto fora dela”, finalizou a nota assinada por Gabriella Garcia Advocacia e Consultoria.
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Qual sua opinião sobre esse tipo de publicação machista feita sem autorização das envolvidas?