Campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1994 e 2002, os dias de glória de Cafu parecem ter acabado. No início de dezembro, o ex-jogador recebeu uma ordem de despejo da Justiça de São Paulo para desocupar uma casa de 526 metros quadrados em Alphaville, bairro nobre de Barueri (SP), devido à uma dívida milionária.

De acordo com Rogério Gentile, jornalista do UOL, a ação foi movida por dois empresários que afirmam que concederam um empréstimo de R$ 1 milhão a Cafu em 2017. Eles alegam que o ex-atleta se comprometeu a pagar o valor em três parcelas mensais, totalizando R$ 160 mil a título de juros. A mansão foi dada como garantia de pagamento.

Leia também: [VÍDEO] Fábio Rabin faz relato hilário de detenção polêmica no Catar: “Maior mico da minha vida”

No entanto, Cafu não conseguiu cumprir com o que foi estabelecido e os empresários pediram a propriedade do imóvel na Justiça. “Os autores [do processo] somente pretendem receber o que lhes é devido de forma justa“, dizem nos documentos obtidos pelo jornalista.

Em sua defesa, o réu confirmou que fez o empréstimo mas declarou que os juros cobrados, cerca de 16% da dívida, “são abusivos e ilegais e criminosos”. “Maliciosamente [os empresários] tenta enriquecer-se de forma ilegal, lesando de forma intencional o requerido, cobrando juros que pela lei pátria são proibidos, inclusive sua prática são considerados crimes“, alegou.

O juiz Raul de Aguiar Ribeiro Filho, da 3ª Vara Cível do estado, não aceitou a argumentação de Cafu e emitiu a ordem de despejo. Além disso, o magistrado também autorizou o arrombamento da mansão pela Polícia Militar, em caso de resistência quanto ao cumprimento da ordem judicial. O ex-atleta ainda pode recorrer a decisão.

Procurado pelo g1, o advogado de Cafu enviou uma nota sobre o processo. “Em face das matérias recentemente divulgadas por algumas mídias, acercado processo do ex-jogador Cafu, vem por meio desta nota, esclarecer algumas informações, dado que foram equivocadamente propagadas. Diversamente do que foi dito, não existe uma ordem de despejo em face do ex-jogador“, afirmou.

Leia também: Outro jornalista morre “de repente” durante cobertura da Copa no Qatar

“Ocorre que, o termo utilizado inapropriadamente pela mídia, com finalidade de gerar impacto ao leitor, é tecnicamente equivocado. A bem da verdade, existe um processo em curso, este pendente de julgamento que envolve um dos imóveis do ex-jogador, este o que ele não reside. É o que no presente momento cumpre informar”, completou.

O que você achou da notícia?