Você acha que a revolução dos robôs para dominar o mundo é só ficção? Pois conheça a startup DoNotPay, que criou o primeiro advogado robô do mundo e, não só isso, também está sendo processada por sua criação operar sem um diploma de Direito.
De acordo com o tabloide britânico Daily Mail, o escritório de advocacia Edelson, sediado em Chicago (EUA), entrou com um processo contra a empresa no início desse mês. Eles alegam que a DoNotPay enganou seus clientes ao fazer a inteligência artificial “se passar por um profissional licenciado” e deturpou seu produto.
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“Infelizmente para seus clientes, DoNotPay não é realmente um robô, um advogado ou um escritório de advocacia. A DoNotPay não é formada em direito, não está filiada em nenhuma jurisdição e não é supervisionada por nenhum advogado“, afirma o escritório.
A startup surgiu com a premissa de ajudar seus clientes em disputas legais de baixo grau como multas de estacionamento. Com isso, a Edelson declara que a DoNotPay estaria induzindo seus clientes a acreditarem que estão pagando por um serviço jurídico de alta qualidade, quando, na verdade, a realidade é outra.
“O DoNotPay é apenas um site com um repositório de — infelizmente, abaixo do padrão — documentos legais que, na melhor das hipóteses, preenchem uma encheção de linguiça judicial com base nas informações fornecidas pelos clientes“, completa.
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O fundador e CEO da startup, Joshua Browder, disse em seu perfil no Twitter que as acusações “não têm mérito”. Em nota oficial para o blog americano de tecnologia Gizmodo, a DoNotPay afirmou que irá se defender das “falsas alegações”.
“DoNotPay nega respeitosamente as falsas alegações. O reclamante nomeado submeteu dezenas de casos bem-sucedidos à DoNotPay e os casos destacados neste processo não têm mérito. Além disso, o caso está sendo movido por um advogado que recebeu pessoalmente centenas de milhões em ações coletivas, por isso não é surpreendente que ele acuse uma IA de ‘prática não autorizada da lei’. Vamos nos defender vigorosamente“, declarou.
Qual a sua opinião sobre o “primeiro advogado robô” do mundo?