Condenada em 2002 pelo assassinato dos pais em um crime que chocou o país, Suzane von Richthofen conseguiu a progressão de pena e está em regime aberto desde janeiro. Agora, a mulher de 39 anos deu início à sua vida acadêmica e se matriculou em uma faculdade particular no interior de São Paulo.
Suzane está cursando biomedicina na UNIFSP, localizada em Itapetininga (SP), a 52 km de Angatuba (SP), onde mora atualmente. Alunos da instituição fotografaram a ex-detenta em uma fila para a cantina, acompanhada de outras duas estudantes, na última quarta-feira (15).
Conforme foi apurado com o G1, essa foi a primeira vez que ela compareceu às aulas presenciais. No entanto, os colegas de sala de Suzane receberam um comunicado da faculdade informando a matrícula da ex-detenta há algumas semanas. Segundo uma fonte, que preferiu não se identificar, todos ficaram surpresos.
“Foram de sala em sala e comunicaram que a Suzane frequentaria as aulas. Pediram para que os alunos compreendessem e respeitassem o direito dela como cidadã. E foi assim! Na hora, fiquei surpresa e, apesar de saber que é um direito dela, me sinto meio desconfortável“, declarou a estudante.
Embora procurada pelo g1 e outros portais, a UNIFSP não se manifestou sobre a matrícula da ex-presidiária, que foi confirmada pela Secretária de Administração Penitenciária (SAP). A defesa de Suzane também foi questionada, mas não se manifestou.
Veja as fotos abaixo:
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Essa não é a primeira vez que Suzane tenta adentrar o mundo acadêmico e se especializar. Na época do crime, ela estava cursando Direito na PUC-SP. Em 2021, a ex-detenta conseguiu autorização da Justiça para estudar Farmácia, mas acabou trocando de curso para Biomedicina e trancou a matrícula quando foi solta.
Além disso, em 2020, Suzane foi beneficiada com uma vaga no curso de gestão de turismo no Instituto Federal de Campos do Jordão (SP) através do Sisu, mas não foi autorizada pela Justiça. Em 2017, ela foi aprovada para cursar Administração em uma instituição particular de Taubaté, pleiteou o financiamento pelo Fies, mas não concluiu a matrícula.
Qual a sua opinião sobre a ressocialização de Suzane?
