Robinho foi condenado a nove anos de prisão pelo estupro de uma mulher de 23 anos na casa noturna Sio Café, em Milão, na Itália, em 2013. Além do ex-atacante, Ricardo Falco, Fabio Cassis Galan, Clayton Florêncio dos Santos, Alexsandro da Silva e Rudney Gomes da Silva, todos amigos de Robinho, também foram acusados pela mulher libanesa. Um ano após o episódio, ele foi alertado por um amigo da investigação, mas pareceu não levar à sério e debochou da situação. Nesta quarta-feira (14), o UOL revelou alguns áudios de conversas que foram base para sua condenação.
Nos áudios, é possível ouvir claramente Robinho rindo quando é alertado pelo colega que as autoridades estavam investigando o caso após a vítima realizar a denúncia. Ele minimiza a preocupação de Jairo e diz que “não está nem aí” para a situação. O ex-atacante diz que não tinha feito nada e que sequer conhecia a mulher. Em meio às risadas, o atleta coloca a culpa nos demais amigos que estavam presentes no local.
Na conversa com Ricardo Falco, gravada com escuta policial no carro do ex-atacante Robinho falou sobre agredir a vítima: “A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: ‘Porra, que que eu fiz contigo?'”.
Em um dos áudios, Robinho confirma que a vítima não tinha condições de defesa. “Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou (…) Tem que ver quem transou com ela e como que era o estado dela. Ela tava muito louca”, afirma Robinho em outro trecho”, afirmou o brasileiro.
“Eu vi o Rudney rangando ela e os outros cara rangando ali. Então os caras que rangaram ela vão se f***. Ninguém vai dizer que vocês fez porra nenhuma com a mina, nem tu nem o Jairo. Pros moleque vai, pro Seu Claytinho, pro Seu Galan, pro Seu Alex. O Galan não, ele não fez nada, mas se a mina botou o nome dele, vou fazer o quê? Agora Claytinho, Rudney e Alex, tá morto”, completou. Confira abaixo:
Robinho e amigos estupraram uma moça de 23 anos numa boate em Milão, em 2013. O ex-atacante foi acusado, julgado e condenado pela Justiça da Itália. O processo cumpriu todos os seus trâmites e ritos até a condenação de nove anos. Acontece que, como o acusado não estava mais na Itália, a pena não pôde ser aplicada. Se ele estivesse na Itália ou fora do Brasil, ele teria sido capturado e levado para ser preso em Milão. Como o Brasil não extradita seus cidadãos, Robinho passou a viver na cidade de Santos sem ser incomodado.
A Justiça italiana tenta, desde o início de 2023, que o ex-seleção brasileira cumpra a pena no seu país de origem. O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, pediu vistas do caso até a próxima segunda-feira (19). Ele deve revelar sua decisão na quarta (21) ou, então, prorrogar por mais 30 dias a análise para que o pedido italiano tenha andamento ou não. A defesa de Robinho pede a intimação do governo italiano para apresentar uma cópia integral traduzida do processo contra o jogador.
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