Durante uma entrevista, o cineasta James Cameron fez duras críticas  aos esforços de busca e resgate do submarino Titan, da empresa OceanGate. O submersível desapareceu no domingo (18), com cinco pessoas a bordo, em uma expedição aos escombros do famoso navio Titanic. Depois de quatro dias de operação com navios, aeronaves e robôs de quatro países, a Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou a descoberta de destroços compatíveis com uma implosão.

Cameron disse que, na prática, nunca houve buscas, já que as partes da nave aquática estavam embaixo da última localização conhecida dela antes da perda de contato com a superfície. “Buscas, buscas, buscas… Quatro dias de buscas, procurando em todo lado. Estavam correndo por toda parte como se o cabelo estivesse em chamas. O submersível estava literalmente no fundo do oceano, embaixo da última localização sabida dele, que é o primeiro lugar que você olha numa busca”, declarou.

O diretor, afirmou que a fixação das equipes de busca e da imprensa nas 96 horas de reservas de oxigênio e em ruídos captados no fundo do mar apenas prolongou o que chamou de “pesadelo labiríntico” e o sofrimento das famílias das vítimas: “Não se sai correndo em torno com aviões, caminhões e automóveis procurando, certo? Estava exatamente onde estava quando implodiu. Na verdade, nunca houve buscas. O ROV esteve umas três horas na água até o encontrarem. O que isso significa? Eles foram até a última localização sabida, procuraram com o sonar, viram um relevo que não estava lá antes, foram até lá e lá estava ele”.

Cameron comparou a tragédia do Titan ao naufrágio do próprio Titanic: “Estou impressionado com a semelhança do próprio desastre do Titanic, onde o capitão foi repetidamente avisado sobre o gelo à frente de seu navio e ainda assim ele navegou a toda velocidade”, disse o cineasta.

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Por que prolongaram as buscas se já sabiam o que havia acontecido?