O início da segunda metade do século XX foi um ano bastante desesperador por causa do “boom” nos casos de poliomielite. No ano de 1952 de acordo com registros, existiam aproximadamente 60 mil casos registrados. Esta doença contagiosa é causada por um vírus e pode afetar tanto crianças, quanto adultos.
Paul Alexander era apenas uma criança de seis anos, quando apresentou sintomas da doença, com muitas dores no corpo e febre alta. Pouco tempo depois, o menino perdeu a capacidade de andar, engolir e também de respirar.
Na época, uma das soluções encontradas para reverter a situação foi submeter o garoto a uma traqueostomia em um pulmão de ferro. A máquina funcionava como um tanque lacrado usado para tratar dos pacientes que possuem dificuldades de respirar. Para ajudar aos pacientes a respirarem, os aparelhos variam a pressão do ar, tanto para expandir, quanto para comprimir o tórax.
Na época, algumas crianças que entravam nesse aparelho, conseguiam se ver livres dele apenas algumas semanas depois, mas não foi o que aconteceu com Paul. De acordo com médicos, se tirassem o garoto do ‘pulmão de ferro’, certamente, ele morreria. Com essa conclusão, o hospital autorizou que o equipamento fosse levado para a casa do garoto para que ele pudesse passar o natal em família.
Surpreendentemente, os anos se passaram e Paul continuou vivo, e, embora hoje hajam aparelhos bem mais modernos, o homem continuou com o seu aparelho. Desde muito garoto, Paul desenvolveu algumas técnicas para passar mais tempo sem a ajuda de aparelhos.
Alguns anos se passaram e o homem acabou se livrando do equipamento para fazer faculdade. O homem até chegou a exercer a profissão por volta dos 30 anos. Por algum tempo, ele respirou e comeu sem ajuda da máquina.
Infelizmente, Paul precisou retornar para os equipamentos que fora sua companhia de longas datas. O que surpreende pessoas do mundo inteiro é que mesmo confinado a uma máquina de ferro, Paul possui muito ânimo em suas entrevistas. Ele se sente agraciado por ter um respirador que o ajuda a fazer coisas que ele não conseguiria se não tivesse o aparelho e vivido mais tempo do que poderia imaginar.
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Em sua autobiografia, Paul relata como é conviver sob a ajuda de aparelhos. E mesmo já tendo 74 anos, o homem não se conformou, no momento está trabalhando em uma segunda publicação. O homem segue vivo, contrariando estatísticas e motivando pessoas do mundo inteiro.
A doença contraída por Paul apresentava sinais parecidos com os da gripe, porém com um potencial destruidor bem mais forte, o que afetou a medula espinhal, causando paralisia. Alguns casos mais graves, as pessoas acabavam morrendo.
A vacina para a poliomielite só chegou a existir em 1955. E o aparelho utilizado por Paul, foi inventado pelo médico e engenheiro, Philip Drinker e o fisiologista Louis Shaw, em 1928.
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