Nas informações divulgadas, a Polícia Civil de Bagé (RS) está investigando o caso do cão Flash, de 13 anos, que foi dado como morto e encontrado vivo pela família alguns dias depois. Após o enterro, a família descobriu que o corpo não estava na sepultura e o cão foi visto vagando pelas ruas do município antes de retornar ao lar.
Entenda o caso
Augusto Xavier, tutor de Flash, relatou que a família precisou viajar para Porto Alegre. Em 17 de novembro, para um aniversário de um parente. A mãe de Augusto, que compartilha os cuidados do cão, também precisou deixar o município. Assim, optaram por deixar o cãozinho com a pet shop. “Ele já frequentava a pet shop para banho e tosa, sempre havia sido bem cuidado lá”, contou.
Quando retornou a cidade, no dia 24, Augusto contou que a família procurou a pet shop durante a tarde para levar Flash de volta para casa. Inicialmente, a dona da pet shop teria respondido que o cão “ainda não estava pronto”, já que estava finalizando banho. “Aí passaram uma hora, duas horas e nada. Achamos estranho e ligamos para a pet. Foi quando a dona disse que levaria o Flash para a casa da minha mãe”, explicou, já que moram em casas separadas.
No início da noite, uma notícia inesperada: a dona da pet shop teria informou a família de que Flash havia falecido. A explicação foi de que era por causa de um temporal que atingiu Bagé nos dias anteriores. Com grandes volumes acumulados de chuva e queda de granizo, segundo a empresária, o animal teve um infarto e não resistiu.
Além do baque da perda de Flash, que fazia parte da família desde que era filhote, algumas confusões chamaram a atenção, de acordo com Augusto. “Ela não trouxe o corpo e se prontificou a cuidar do enterro. Minha mãe pediu a coleira e a placa de identificação do Flash para ficarem de recordação, mas a mulher não trouxe”, recordou.
O enterro de flash
O enterro do Yorkshire aconteceu no sábado (25). Como tradição da família, o cachorro foi enterrado em uma estância dos tutores, a cerca de 25 quilômetros do Centro de Bagé.
Um saco com o que seria o corpo do animal foi entregue a um funcionário de uma propriedade da família para que ele fosse enterrado. O enterro em questão foi acompanhado pela veterinária, segundo o tutor de Flash. “Estranhamos, porque nos entregaram um pacote meio redondo e o animal é meio… ‘quadrado’, né? Além disso, perguntamos sobre as coisas do Flash e disseram que tinham acabado ficando dentro (do pacote)”, descreveu Augusto.
Muito tristes pela perda do animal, a família acabou seguindo com o sepultamento de Flash. Já na segunda-feira (27), sentido pela falta dos itens do cão, Augusto relata ter pedido para um funcionário da estância a retirada do corpo da sepultura para resgatar a coleira e a placa de identificação de Flash.
Uma grande surpresa
E assim o funcionário fez o que foi pedido, mas ele não esperava a surpresa que teria. “Ele (o funcionário) nos ligou e disse: ‘vocês não vão acreditar no que tem aqui’. Tinha pedras, jornais velhos, ataduras… Tinha de tudo, menos o corpo”, contou.
Em choque, a família imediatamente passou a postar textos em redes sociais perguntando por informações a respeito do possível paradeiro de Flash. Horas depois, ainda na segunda, uma moradora ligou para a mãe de Augusto contando ter visto o animal perambulando pelas ruas do município – graças, justamente, ao telefone na placa de identificação do cãozinho.
“A mãe me procurou dizendo que tinha uma surpresa para mim. Eu abri a porta da casa da mãe e ele veio correndo pra cima de mim, me lambendo”, relembra Augusto, muito emocionado.
A pessoa, que não foi identificada, afirmou que encontrou o animal no dia 24 e deu abrigo a ele desde então. Ela chegou a procurar o pet shop informando do aparecimento, segundo relato do tutor de Flash.
“Quem encontrou ele ligou para a pet shop e foi orientada a tirar o lenço dele, tirar a coleira dele, queimar e ficar com o cachorro, já que ela (responsável pelo pet shop) já tinha dado o cachorro como morto”.
O que diz o PetShop
A proprietária do estabelecimento afirmou que aguarda investigação policial e não vai se posicionar. “Aguardamos a investigação da autoridade Policial. Cuja orientação foi aguardar conclusão da oitiva de todos envolvidos. Por esses motivos, não tenho nenhuma declaração a prestar”, disse o Pet Shop, em nota enviada ao UOL.
O delegado responsável pelo caso, Caio Iamamura, afirmou que a suspeita prestou depoimento na DPPA (Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento) de Bagé. As investigações continuam.
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