Nessa terça-feira (5), o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) informou que multou a Braskem por mais de R$ 72 milhões pelo risco de colapso e desabamento da mina 18, no bairro do Mutange, em Maceió. A empresa também foi multada por omissão de informação sobre a obstrução da cavidade da mina.
🚨AGORA: Braskem é multada em R$ 72 milhões por danos ambientais em Maceió.
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Segundo o Instituto, a empresa foi autuada por degradação ambiental, gerando condições ruins para atividades sociais e econômicas. A multa foi de R$ 70.274.316,30, apenas nesse caso.
A segunda multa foi pela omissão de informações sobre a obstrução da cavidade da mina 18. Ainda em informações do IMA, a Braskem fez um exame de sonar prévio para o início do seu preenchimento, em desconformidade com a Licença de Operação n° 2023.18011352030.Exp.Lon. A multa é de R$ 2,03 milhões.
No início da tarde, a Defesa Civil de Maceió informou que está em alerta. Já é uma redução no nível de operações, já que desde quinta (30), estava em alerta máximo.
Ao todo, desde 2018, contando com esses dois autos de infração, a Braskem já foi autuada 20 vezes pelo IMA, destacou o instituto em nota.
A Defesa Civil avalia que não mais há risco para a população porque as moradias ocupadas atualmente estão a uma distância segura do local da mina. As que ainda estavam ocupadas foram evacuadas sob ordem judicial.
O que está acontecendo em Maceió
A Prefeitura de Maceió decretou situação de emergência, na última quarta-feira (29). Por causa do risco iminente de colapso da mina 18 da Braskem na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange. Segundo o governo do estado, houve cinco abalos sísmicos na área no mês de novembro. E o possível desabamento pode ocasionar a formação de grandes crateras na região.
A mina 18 é formada por cavernas abertas pela Braskem para extração de sal-gema. E estão fechadas desde 2018, quando o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou que a atividade havia provocado o afundamento do solo na região.
Foi no bairro de Pinheiro, que surgiram as primeiras rachaduras. Isso depois das fortes chuvas em fevereiro de 2018. Ainda eram poucas, mas elas aumentaram quando um tremor de terra foi sentido em diversos bairros duas semanas depois. No dia 3 de março do mesmo ano. Era o início de um vasto trabalho de investigação e de um terror para milhares de famílias.