Padre Fábio de Melo está sendo amplamente discutido nas redes sociais devido à crescente demanda de milhares de internautas por um pronunciamento público do sacerdote sobre a possível abertura de uma CPI contra o padre Júlio Lancellotti. Este último é acusado de liderar uma alegada “Máfia da Miséria”, enquanto presta auxílio à população em situação de rua há mais de uma década.




Em uma das publicações mais viralizadas nas redes sociais, um internauta chegou a comparar Fábio de Melo com o DJ Alok. “Aposto que se o Padre Júlio tivesse contrato com a Mynd [agência de celebridades], o Alok de Aparecida do Norte [Fábio de Melo] sairia em defesa dele”, disparou um internauta.

Em outra publicação, uma internauta teorizou que Fábio de Melo estaria ocupado demais fazendo harmonização facial. “Vocês não venham pedir que o padre Fábio tenha alguma compaixão com o padre Júlio. Ele está muito ocupado fazendo harmonização facial para sair bem nas fotos com a Angélica e assemelhados. Nunca vi esse padre de araque rezar uma missa”, detonou uma usuária do X, antigo Twitter.

“O padre Menudo de Melo agora é conhecido como Alok de Aparecida do Norte? Esse daí representa bem a família de bem, né? Aliás, representa a hipocrisia dos cristãos que fingem ser o que não são!”, disse um terceiro.

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Quem é padre Júlio Lancellotti e por que a Câmara de SP quer investigá-lo em CPI das ONGs?

Padre Júlio Lancellotti, uma figura de destaque nacional pelo seu trabalho dedicado à população em situação de rua na cidade de São Paulo, encontra-se no centro das atenções de uma iminente Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a ser instaurada na Câmara Municipal. Com mais de 40 anos de atuação em prol dos menos favorecidos, o sacerdote de 75 anos desempenha o papel de coordenador da Pastoral do Povo da Rua, vinculada à Arquidiocese de São Paulo.

Nascido no bairro do Brás, na capital paulistana, Lancellotti também assume a responsabilidade pastoral na Paróquia de São Miguel Arcanjo, na Mooca, desde 1986. Foi lá que iniciou seu trabalho pastoral com populações em situação de rua, menores infratores e crianças portadoras do vírus HIV.

Padre Júlio Lancellotti (Redes sociais/ Reprodução)

Padre Júlio Lancellotti, reconhecido por sua atuação dedicada à população em situação de rua em São Paulo, recebeu diversos reconhecimentos e prêmios em direitos humanos de instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Câmara dos Deputados e Presidência da República. Contudo, agora, ele se torna um potencial foco de uma CPI que visa investigar as organizações não governamentais (ONGs) atuantes na Cracolândia, na região central de São Paulo. O vereador Rubinho Nunes, proponente da medida, planeja instaurar a comissão em fevereiro, após o recesso parlamentar, e afirma contar com o apoio de 30 vereadores.

O vereador Rubinho Nunes acusa as organizações Craco Resiste e Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, de estarem envolvidas em uma suposta “máfia da miséria” que explora os dependentes químicos no centro de São Paulo. O padre Júlio Lancellotti, ex-conselheiro do Bompar e ativo em trabalhos sociais na cidade, é citado nesse contexto. O vereador alega que essas organizações recebem fundos públicos para fornecer alimentos, kits de higiene e itens para o uso de drogas à população de rua, contribuindo, segundo ele, para um “ciclo vicioso” onde os usuários de crack têm dificuldade em abandonar o vício devido à política de redução de danos implementada.

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Padre Fábio de Melo deve se posicionar?