A história de Gypsy Rose Blanchard já inspirou série, documentário, filme e livro, e atualmente ganha novos capítulos da jovem vivendo sua liberdade. Condenada por matar sua própria mãe em 2015, a jovem se tornou uma verdadeira celebridade nas redes sociais. Ela tem participado com frequência de entrevistas e podcasts e soma milhões de seguidores nas redes sociais. Só no Instagram, a jovem acumula mais de 8 milhões de fãs.

Gypsy and Dee Dee Blanchard - Foto: GREENE COUNTY SHERIFF'S OFFICE

Gypsy and Dee Dee Blanchard – Foto: GREENE COUNTY SHERIFF’S OFFICE

Gypsy nasceu em Louisiana nos Estados Unidos, em 1991. Apesar de ter nascido saudável, logo depois do nascimento, sua mãe Dee Dee Blanchard transformou da vida da menina algo terrível. Dee Dee afirmou ao pai da menina e aos familiares que ela tinha uma síndrome cromossômica não-identificada.

Essa suposta síndrome causou várias consequências na saúde de Gypsy, como distrofia muscular, deficiência intelectual, epilepsia, apneia do sono e asma. Anos depois a mãe de Rose alegou que a pequena também tinha leucemia. Todos os diagnósticos foram inventados por Dee Dee.

Fraude

Fraudando documentos e relatórios médicos, a mãe ganhou uma casa do governo e recebia benefícios. Além disso, deu entrevistas em canais de TV e foi presenteada com uma viagem para a Disney. A família era muito querida e ajudada por vizinhos, funcionários de hospitais e comunidades de onde moravam.

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Gypsy Rose e Dee Dee na Disney - Foto: reprodução

Gypsy Rose e Dee Dee na Disney – Foto: reprodução

As duas foram vítimas do furacão Katrina que devastou várias cidades do Sul dos EUA em 2005. Dee Dee e Gypsy ganharam ainda mais benefícios depois disso. Assim, foram morar em Springfield, no Missouri. O furacão serviu como um álibi para o sumiço de relatórios médicos.

Quando entrou na adolescência, Gypsy descobriu que podia andar e começou a desconfiar que não tinha atraso intelectual. Continuava tomando os medicamentos que a mãe obrigava, mas algo estava para mudar quando a menina começou a namorar.

O crime

Escondida da mãe, a menina começou a se relacionar virtualmente com Nicholas Godejohn, que morava em Wisconsin. Todas as noites ela esperava a mãe dormir e ficava conversando com o namorado. Não podendo sair e sem uma solução para se livrar dos abusos da própria mãe, a menina planejou matar a mãe com a ajuda do namorado.

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Nicholas e Gypsy - Foto: Reprodução

Nicholas e Gypsy – Foto: Reprodução

Na madrugada de 9 de junho de 2015, Gypsy abriu a casa para Nicholas e entregou para ele uma faca de cozinha. Nicholas matou Dee Dee com 17 facadas enquanto a mulher dormia. Os dois fugiram para Wisconsin e foram presos seis dias depois. Na época, o que mais chocou as pessoas foi o fato de que Gypsy não era doente.

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A menina confessou o crime, e foi condenada a dez anos de prisão. Ganhando liberdade condicional no fim de 2023, depois de cumprir 75% da pena. Atualmente ela está com 32 anos e Nicholas Godejohn tem 34 anos e cumpre pena de prisão perpétua.

Gypsy afirmou que se sua mãe tivesse viva viveria em situações horríveis até hoje - Foto: Reprodução/ABC News

Gypsy afirmou que se sua mãe tivesse viva viveria em situações horríveis até hoje – Foto: Reprodução/ABC News

Celebridade

Desde então, a história de sua vida tem sido tema tema em documentários, programas de televisão, etc. O caso gerou debates sobre saúde mental, abuso infantil e os limites da compaixão e empatia.

Em 2018 a jovem afirmou a um canal de TV que se sentia mais livre na cadeia do que quando morava com a mãe. “Agora posso viver como uma mulher normal”, afirmou. Gypsy se casou em 2022, com um homem que aparentemente a faz muito feliz.

Gypsy é considerada uma heroína por seus fãs, com quase 7 milhões de seguidores no TikTok. Além de 8 milhões de seguidores no Instagram. Sua história foi contada no documentário Mamãe Morta e Querida (HBO Max) e na série The Act (Hulu). A jovem ainda se prepara para lançar um livro que escreveu na prisão e estrelar uma nova série documental no canal History.





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