Duas pessoas foram presas nessa segunda-feira (23) em Barro Alto, região central de Goiás, após gravarem um vídeo dançando funk em cima do túmulo de um bebê de dois meses. O Código Penal define pena de até três anos de prisão para o crime de violar ou profanar sepulturas.

Segundo a Polícia Civil, o caso foi denunciado por uma mulher que estava tentando fazer o velório de uma tia. A testemunha relatou que a cerimônia foi interrompida pelo alto volume da caixa de som de grupo de quatro amigos, que escutavam funk e dançavam sobre o túmulo.

Nas imagens compartilhadas no Instagram, é possível ver quatro pessoas caminhando no cemitério. “A minha amiga pediu para prestar uma última homenagem a ela, e aqui está“, diz um deles em determinado momento do vídeo. Logo em seguida, um homem começa a dançar uma música da cantora MC Pipokinha.

Veja o vídeo abaixo:

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O caso tomou grande proporções na cidade, os moradores ficaram indignados. Começamos a receber denúncias de várias pessoas que prestavam velório de familiares e conhecidos, mas foram atrapalhados pelo barulho de funk no local. […] Tudo indica que a dupla poderá responder pelo crime de perturbação funeral“, declarou o delegado Marco Antônio Maia.

A mãe estava horrorizada quando foi fazer a denúncia, mas não sabia que eles já estavam presos. Ela disse ‘faz tão pouco tempo que enterrei minha menina, ainda não consegui superar essa dor. E isso me acontece’“, completou. “A sepultura da menina era toda bem feita, rosinha, a mais bonita do cemitério. Dava para ver o cuidado da mãe ali.

Dione Vaz Lemes Lima e Daniela Gouveia Santos foram presos em flagrante por conta do vídeo, mas pagaram fiança e responderão o processo em liberdade. A defesa da dupla alegou que a gravação foi feita “de forma impensada e sem nenhuma intenção em ofender e desrespeitar os mortos, tampouco seus familiares“.

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