Segundo o Notícias da TV, a sequência de denúncias de assédio vem causando um desconforto nos bastidores da Record. Agora, os funcionários se sentem inseguros não só pelo risco de serem alvos de abuso, mas também, de demissão. O fato é que, as vítimas que levaram adiante suas reclamações nos últimos anos, acabaram sendo demitidas da empresa.

De acordo com o portal, ao ser procurada, a emissora não explicou o motivo dos desligamentos. No entanto, se diz “comprometida em tomar medidas rigorosas para garantir um ambiente seguro e respeitoso”.

Elian Matte

O caso mais recente ocorreu na última terça-feira (23), quando o repórter Elian Matte tornou pública sua demissão. Matte, que estava na equipe do Câmera Record, havia denunciado o diretor de Recursos Humanos Márcio Santos de assédio sexual em novembro de 2023. Ele se disse vítima de uma retaliação.

Elian Matte, jornalista que deixou a TV Record - Foto: Instagram

Elian Matte, jornalista que deixou a TV Record – Foto: Instagram

Santos havia sido demitido dias antes, após ser indiciado pela Polícia Civil de São Paulo. Ele estava afastado do trabalho desde que começaram as investigações da denúncia de assédio. Estava previsto que ele manteria seu vínculo com a Record durante mais um ano, mas o andamento do caso na polícia fez a emissora optar pelo desligamento.

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Rhiza Castro

Caso semelhante ocorreu em janeiro do ano passado, quando a jornalista Rhiza Castro foi demitida dois dias depois de afirmar que tinha sido assediada por um diretor da Record News. Na época, a jornalista revelou que tinha medo de fazer a denúncia e não receber apoio da empresa. Ela recebeu a justificativa de “corte de gastos” na hora da demissão.

Rhiza Castro no Esporte Record News - Foto: Divulgação

Rhiza Castro no Esporte Record News – Foto: Divulgação

Já a demissão do acusado ocorreu 11 meses depois da denúncia, em novembro. O diretor Thiago Feitosa trabalhava na emissora havia 14 anos e fez um acordo com o Ministério Público no valor de R$ 26 mil para não sofrer um processo judicial.

Gerson de Souza

Em 2020, a Record demitiu o jornalista Gerson de Souza, um ano e cinco meses depois de ter sido denunciado por comportamentos abusivos. Além de beijar uma colega em ambiente de trabalho, sem o consentimento da mulher.

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O repórter veterano foi condenado em abril de 2023 a dois anos e meio de reclusão pelo crime de importunação sexual. Porém, teve sua pena convertida em prestação de serviços comunitários, e multa de R$ 13,2 mil. Ele negou as acusações e disse que foi vítima de “revanchismo” por ter feito críticas ao trabalho de uma das denunciantes.

As três mulheres que acusaram Gerson de Souza de assédio não trabalham mais na Record. Duas foram demitidas. Inclusive, uma delas ao voltar de uma licença médica, três meses antes do acusado. A terceira se sentiu isolada no ambiente de trabalho e preferiu pedir demissão em 2021.

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Insegurança nos bastidores

Os desfechos dos casos causaram apreensão em parte dos funcionários. De acordo com fontes do Notícias da TV, comenta-se que paira o medo de sofrer algum assédio na emissora. Não apenas pela importunação em si, mas pela possibilidade de ainda perder o emprego.

Confira na íntegra o comunicado emitido pela Record:

“A Record está comprometida em tomar medidas rigorosas para garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos os seus funcionários. Para tanto, a empresa tem um comitê para analisar as denúncias de assédio com confidencialidade e seriedade.

Todos colaboradores que se sentirem lesados têm o apoio da empresa e são orientados a procurar imediatamente a polícia para fazer a queixa formal. Depois de apurado e investigado pelas autoridades competentes, a Record reserva o direito de tomar as medidas cabíveis.

A Record colabora plenamente com as autoridades em qualquer investigação relacionada a casos de assédio. Reforçamos nosso compromisso com um ambiente de trabalho seguro e livre de assédio. Continuaremos a agir com responsabilidade e transparência em relação a essas questões. Casos de assédio são inaceitáveis e não serão tolerados na empresa”.

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