Desde segunda-feira (6), o jornalista William Bonner tem ancorado o “Jornal Nacional” diretamente de Porto Alegre, uma das cidades afetadas pelas chuvas e inundações que assolam grande parte do Rio Grande do Sul. Contudo, a “demora” da emissora em enviar seus principais âncoras para a região da tragédia tem causado irritação em alguns gaúchos. Um vídeo circulando nas redes sociais mostra um homem não identificado proferindo ofensas e constrangendo Bonner durante a transmissão do “Jornal Nacional”.

Na gravação, o homem questiona por que a Globo “só chegou agora” ao Rio Grande do Sul e critica o trabalho da emissora na cobertura da tragédia, rotulando-o de “lixo”. “Onde está a Rede Globo na água? Há empresários no Brasil trabalhando mais que o presidente. Por que a Globo só apareceu agora para gravar aqui? Por que não havia ninguém dentro da água antes?”, indaga. “É fácil vir falar depois que tudo secou. Serviço lixo. Enquanto o povo gaúcho estava submerso, a Globo estava transmitindo Madonna”, acrescenta.

Além de William Bonner, a Globo também despachou outros jornalistas da emissora para o Rio Grande do Sul, incluindo Ana Paula Araújo, Flávio Fachel, Marcelo Cosme e Patrícia Poeta. Assista abaixo:

Fake news

No entanto, no vídeo, o indivíduo que insulta William Bonner também propaga uma série de informações falsas. “Pessoas morreram enquanto a dona Janja [primeira-dama] estava lá vendo a Madonna (…) O Luciano Hang [empresário], que é uma pessoa terrível, estava enviando mais recursos do que o próprio presidente do Brasil”, declara, com indignação.

O colunista Lauro Jardim, do O Globo, chegou a relatar que Janja viajaria ao Rio de Janeiro para assistir ao show de Madonna na Praia de Copacabana. No entanto, a primeira-dama optou por acompanhar o presidente Lula e prestar assistência às vítimas das fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul. No domingo (5), ela seguiu diretamente para Canoas, uma das regiões mais afetadas.

Outra falsidade é que Luciano Hang disponibilizou mais ajuda do que a FAB (Força Aérea Brasileira). O proprietário das lojas Havan forneceu dois helicópteros e uma aeronave. Por sua vez, o governo federal mobilizou, além de dois helicópteros da FAB com tecnologia para realizar missões de resgate em condições adversas, outras 20 aeronaves das Forças Armadas, 84 embarcações, 385 viaturas e equipamentos de engenharia, além de mais de 1.100 oficiais, até o último sábado (4).

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