José Máximo de Oliveira, proprietário da clínica veterinária acusada de fornecer cetamina à família de Djidja Cardoso, se entregou à polícia na tarde deste sábado (8). Ele compareceu ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) em Manaus por volta das 14h. O empresário teve seu mandado de prisão decretado na sexta-feira (7), após ser intimado três vezes para depor e não comparecer em nenhuma das ocasiões. Na mesma sexta-feira, dois funcionários da clínica veterinária de José Máximo foram presos. Segundo o delegado, eles ajudaram José Máximo a “esvaziar provas”.

Dono da clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina para família de Djidja Cardoso se entrega à polícia — Foto: Catiane Moura/Rede Amazônica

Em entrevista à Rede Amazônica, a defesa de José Máximo afirmou que o veterinário é inocente e que pretende pedir a revogação da prisão com base nos autos: “Ele nega que tenha vendido qualquer substância para terceiros”. A defesa também negou que ele fosse o proprietário do estabelecimento, mas não informou quem seria o verdadeiro dono.

Prisões

Além de dois funcionários da clínica veterinária, o ex-namorado de Djidja Cardoso, Bruno Roberto, e o coach Hatus Silveira foram presos devido a divergências entre os depoimentos prestados à polícia e os dados obtidos após a quebra do sigilo telefônico de ambos. Eles foram detidos na sexta-feira (7), em Manaus, durante mais uma fase da investigação sobre a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, ocorrida no último dia 28, após uma suposta overdose de cetamina.

“Durante a análise dos depoimentos deles, em confronto com os dados coletados dos aparelhos telefônicos que já estavam em posse da polícia, na análise preliminar da quebra de sigilo de dados telemáticos, identificamos algumas inconsistências que levantaram suspeitas e nos levaram a esclarecer alguns pontos. Por isso, representamos pela prisão”, explicou o delegado Cícero Túlio, que conduz as investigações.

José Máximo é dono da clínica veterinária que, segundo a polícia, fornecia cetamina para a família Cardoso. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Polícia apreende droga na clínica

Durante a operação realizada na sexta-feira, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em três clínicas veterinárias e petshops, incluindo a de José Máximo, conforme informou o delegado responsável pelo caso. Em um dos estabelecimentos, foi encontrado o anabolizante Potenay, que também era utilizado pela família durante os rituais de elevação espiritual.

Esta não foi a primeira ação da polícia no estabelecimento de José Máximo. No dia 31 de maio, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na clínica veterinária e nos salões de beleza da família Cardoso, após as prisões da mãe, irmão e de uma funcionária da ex-sinhazinha, que foi encontrada morta em Manaus.

No local, foram apreendidas ampolas de cetamina, seringas, agulhas, além de computadores, celulares e documentos. Segundo a polícia, Djidja, Cleusimar e Ademar Cardoso, respectivamente mãe e irmão da ex-sinhazinha, já eram investigados há mais de um mês por envolvimento em um grupo religioso que induzia o uso de cetamina para alcançar uma falsa plenitude espiritual.

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