Ao longo da história, acreditou-se que muitas coisas poderiam estimular as pessoas a terem comportamentos errados ou imorais. Acontece que, nem sempre proibir adiantava, como já diziam “tudo que é proibido é melhor”. Em uma tentativa de resolver isso, houve quem estimulasse o uso de certos produtos e práticas para desencorajar esses maus comportamentos.

Por incrível que pareça, vários objetos como: jogos de tabuleiros, aparelhos de ginástica e até refrigerantes, foram criados com o inusitado propósito de passar lições de moral, sobretudo para crianças. Bem, se o objetivo funcionou? Ninguém sabe ao certo. Confira abaixo 4 coisas criadas para servir como lição de moral e que você provavelmente não sabia:

Banco Imobiliário ou Monopoly  — Crítica ao capitalismo

Acredite, o jogo de tabuleiro do Banco Imobiliário foi criado com o objetivo de passar certas lições. Elizabeth Magie patenteou seu jogo “Landlord’s Game”, em 1904, com a pretensão de que ele envolvesse dois conjuntos de regras.

O primeiro, que ela chamou de “regras monopolistas”, incentivava os jogadores a adquirir propriedades de maneira egoísta, exigindo aluguel dos moradores. Mas havia outra versão, chamada “prosperidade”, que previa a cobrança de impostos aos jogadores que comprassem propriedades. Esse dinheiro coletado era dividido entre os jogadores, fazendo com que todos ganhassem.

A ideia era que os jogadores comprassem as duas versões, e decidissem qual era a melhor pra eles. Assim, Elizabeth Magie queria expor os problemas do sistema capitalista, o que o tornou muito popular entre os acadêmicos progressistas. Só que, quando os irmãos Parker adquiriram os direitos do jogo, eles abandonaram a regra da “prosperidade” e o nomearam “Monopólio (Monopoly).

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O Monopoly original, The Landlord's Game - Foto: Reprodução

O Monopoly original, The Landlord’s Game – Foto: Reprodução

Montanha-russa — Uma alternativa à libertinagem

No fim do século XIX, o inventor norte-americano LaMarcus Thompson criou a montanha-russa, um brinquedo que se tornaria uma grande atração nos parques de diversão. Porém, a ideia dele surgiu de uma forma bem estranha: por ser um cristão devoto, ele se sentia perturbado pela popularidade de bares e bordéis em sua cidade. Sendo assim, inventou uma alternativa a esse “entretenimento” que considerava mais saudável.

Thompson teve o insight quando esteve em uma cidade de mineração de carvão na Pensilvânia. Onde as pessoas pagavam um dólar para viajar no trem de carvão. Justamente porque os trilhos tinham uma queda acentuada, atingindo uma velocidade de cerca de 100 km/h.

A partir dessa inspiração, ele vendeu o negócio que tinha e usou o dinheiro para construir uma pista em Coney Island. Embora sua montanha-russa só atingisse 10 km/h, foi um sucesso absoluto, tornando-o rico.

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Montanha-Russa - Foto: Reprodução

Montanha-Russa – Foto: Reprodução

Esteiras — Punição a prisioneiros

Atualmente, as esteiras ergométricas são muito usadas nas academias ao redor do mundo. Porém, por incrível que pareça, elas foram criadas para punir as pessoas, ao invés de distraí-las.

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Em 1818, William Cubitt inventou uma esteira para uso em prisões inglesas, onde até 24 prisioneiros por vez ficavam andando em cima delas. Logo, elas se tornaram muito populares nas prisões do país. Embora tivessem fins de tortura, as esteiras também acionavam moinhos e bombas d’água. O sucesso foi tanto, que em 1822 elas começaram a ser comuns em prisões americanas.

Esteiras foram criadas como objeto de tortura - Foto: Reprodução

Esteiras foram criadas como objeto de tortura – Foto: Reprodução

Coca Cola — Refrigerante no lugar do vinho

Em 1880, presidentes, membros da realiza e até mesmo o Papa, adoravam bebidas produzidas à base de coca. E a de mais sucesso era a Vin Mariani, um vinho infundido com extrato de folhas de coca e vendido como tônico. Sua promessa era que a bebida fosse nutritiva inclusive para as crianças.

Quatro anos depois, um farmacêutico em Atlanta, chamado John Pemberton, resolveu vender seu próprio vinho de folhas de coca. Era o famoso French Wine Coca, uma mistura de vinho Bordeaux com extrato de coca. Em 1886, decidiu então produzir uma bebida não alcoólica para cobrir a demanda existente no puritano mercado norte-americano.

E foi aí que essa bebida realmente decolou, e o resto é história, né? Surgiu então um refrigerante que misturava folha descocainizada, extrato de nozes-de-cola, óleos aromatizantes de limão, laranja, lima, noz-moscada, canela chinesa, coentro e baunilha. Além disso, Pemberton acrescentou ácido fosfórico e nunca revelou a fórmula secreta da Coca-Cola, que conquistou o mundo.

Coca-Cola - Foto: Reprodução

Coca-Cola – Foto: Reprodução

Confira a seguir: Fulano, Beltrano e Sicrano. Quem são e de onde vieram?

Você imaginava que essas coisas estariam na lista?

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