Day McCarthy, socialite envolvida em diversos escândalos, foi condenada a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado por racismo e injúria racial contra Titi, filha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. A decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro, anunciada na última quarta-feira, 21 de agosto de 2024, marca uma vitória histórica na luta contra o racismo no Brasil.

Reprodução/Arquivo Pessoal

Em 2017, quando Titi, filha de Giovanna Ewbank e Gagliasso, tinha apenas quatro anos, Day McCarthy atacou a menina com ofensas racistas nas redes sociais: “A menina é preta, tem um cabelo horrível de pico de palha e um nariz de preto, horrível, e o povo fala que a menina é linda?”, disse McCarthy em uma de suas publicações. Essas declarações geraram uma onda de revolta e comoção pública, mas foi apenas em 2021 que Bruno e Giovanna conseguiram apresentar uma denúncia formal contra a socialite.

“Hoje a gente vem celebrar uma vitória contra o racismo”, declararam Bruno e Giovanna no Instagram, após a sentença. “Sabemos que, infelizmente, esta vitória acontece por termos visibilidade e sermos brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra, que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde”, afirmaram, destacando as dificuldades enfrentadas ao longo do processo judicial.

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A Luta por Justiça

Mesmo com a notoriedade e os recursos que possuem, Bruno e Giovanna encontraram obstáculos na busca por justiça: “Apenas em maio de 2021 conseguimos oferecer uma denúncia”, explicaram. A batalha legal se estendeu por sete anos, e só agora a Justiça Federal proferiu uma decisão inédita condenando Day McCarthy pelos crimes de injúria racial e racismo. A sentença de oito anos e nove meses em regime fechado foi recebida com alívio e emoção pelo casal, que, em suas palavras, expressaram a importância da condenação: “Como pais, estamos emocionados e agradecemos: a comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar”.

A decisão judicial representa mais do que uma vitória pessoal para a família Gagliasso-Ewbank; ela é um marco na luta contra o racismo no Brasil. A condenação de Day McCarthy por suas palavras racistas é um exemplo poderoso de que o ódio não ficará impune, mas também ressalta a necessidade contínua de combater o racismo estrutural, que muitas vezes silencia vozes menos privilegiadas.

Reflexões e Esperanças

O caso de Titi é um doloroso lembrete de que o racismo ainda é uma realidade cruel no Brasil, afetando milhares de crianças e famílias. A sentença de Day McCarthy, apesar de tardia, oferece uma esperança de que a justiça pode ser feita, mesmo que lentamente. No entanto, como apontam Bruno e Giovanna, essa vitória é apenas um passo em uma longa jornada: “Seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar”, concluíram, reafirmando seu compromisso de continuar lutando contra o preconceito e a discriminação.

A história de Titi e a condenação de Day McCarthy são uma prova da força da resistência e da importância de continuar lutando por um mundo mais justo e igualitário, onde nenhuma criança precise enfrentar o ódio por causa da cor de sua pele.

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