O submersível Titan, que tragicamente encontrou seu fim durante uma expedição ao Titanic em junho de 2023, voltou a ser tema de discussões após a divulgação de novas imagens de seus destroços. O estado das partes recuperadas gerou curiosidade e questionamentos sobre o que realmente aconteceu com a embarcação.
Em sua última missão, o Titan, operado pela OceanGate, comunicou que tudo estava ‘bem’ antes de sofrer uma “implosão catastrófica”, segundo as autoridades. Imagens recentes, incluindo a seção traseira do cone de cauda, revelam que, embora tenha sido severamente danificado, o submersível permanece em grandes partes intacto no fundo do oceano. O professor de física Arun Bansil, da Universidade Northeastern, explica que grandes objetos não se desintegram completamente durante eventos de alta pressão, fazendo uma analogia com uma panela de pressão: embora a tampa possa ser projetada, o corpo da panela geralmente se mantém.
Bansil sugere que a falha inicial no Titan provavelmente ocorreu em áreas vulneráveis do casco, onde defeitos estruturais poderiam ter contribuído para a catástrofe. Uma vez que a primeira rachadura se formou, as forças extremas seriam direcionadas para as seções maiores do casco, permitindo que essas partes permanecessem relativamente preservadas.
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A investigação em andamento, que começou em setembro de 2024, trouxe à tona informações preocupantes sobre a construção e operação do Titan. Construído em 2020, o submersível carecia de certificação e não passou por inspeções de terceiros. Ex-funcionários da OceanGate, durante a audiência, levantaram questões sobre a segurança e a pressão enfrentada pela equipe para realizar os mergulhos. Tony Nissen, um ex-diretor de engenharia, destacou um incidente em 2018, quando o Titan foi atingido por um raio durante um teste, e revelou que se sentiu pressionado a aprovar a operação do submersível, culminando em sua demissão após expressar preocupações sobre a segurança.
Além disso, Tym Catterson, ex-contratado da OceanGate, relatou que não houve sinais de alerta no dia da tragédia, descrevendo-o como um “bom dia”, o que aumenta ainda mais a complexidade da situação.
A investigação, prevista para durar duas semanas, promete esclarecer detalhes sobre a construção, manutenção e os últimos momentos do Titan, com o objetivo de estabelecer uma compreensão mais precisa dos eventos que levaram à tragédia. Essas informações poderão não apenas elucidar as causas do acidente, mas também informar práticas de segurança para futuras expedições em águas profundas, evitando que tragédias semelhantes se repitam.
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