Em 2016, a história do norte-americano Stan Larkin viralizou nas redes sociais, após o rapaz sobreviver 555 dias sem um coração. Enquanto esperava por um transplante, o jovem contou com o auxílio de um coração artificial portátil, que lhe permitiu ter uma vida normal – até mesmo continuar jogando basquete.

A saga de Stan Larkin

Ainda na adolescência, Stan e seu irmão mais velho, Dominique, foram diagnosticados com cardiomiopatia – uma grave doença genética que pode causar uma parada cardíaca e levar à morte. Na época, os médicos cogitaram utilizar um desfibrilador, mas como o caso dos irmãos era extremamente crítico, só resgataram duas opções: implantar um coração artificial ou correr o risco dos pacientes virem a óbito.

Os irmãos Dominique (à esquerda) e Stan (à direita) Larkin, após o transplante - Foto: Divulgação/Universidade de Michigan

Os irmãos Dominique (à esquerda) e Stan (à direita) Larkin, após o transplante – Foto: Divulgação/Universidade de Michigan

Durante dois anos, os rapazes permaneceram na lista de espera para um transplante do órgão vital. No entanto, após longa espera, optaram por colocar o dispositivo artificial. Poucas semanas após adquirir o aparelho, Dominique soube que receberia um coração de verdade. Contudo, seu irmão mais novo,Stan, não teve a mesma sorte. Ao longo de 555 dias, o rapaz teve que sobreviver sem um coração, até aparecer um doador compatível.

Para ele, a pior parte para o rapaz era não poder carregar suas filhas pequenas no colo. Entretanto, mesmo com as dificuldades e empecilhos, o homem conseguiu levar uma vida relativamente normal.

Coração artificial

Desenvolvido pela Universidade de Michigan em 2001, o coração artificial na verdade se chama SynCardia. Desde 2008, este órgão robótico tem se tornado popular nos Estados Unidos, quando o Medicare começou a cobrir os gastos do procedimento. Durante 24h do dia, o dispositivo bombardeia cerca de 9,5 litros de sangue por minuto. Com o motor preso do lado de fora do corpo do paciente, o aparelho é ligado ao sistema cardiovascular por meio de dois tubos.

Stan Larkin, com o coração artificial, jogando basquete com seu pai - Foto: Divulgação/Universidade de Michigan

Stan Larkin, com o coração artificial, jogando basquete com seu pai – Foto: Divulgação/Universidade de Michigan

Pensando na praticidade do equipamento, o SynCardia pode ser carregado na tomada ou no carro. Além disso, o paciente recebe também uma mochila Freedom, que permite à pessoa ter maior autonomia. Contudo, ao contrário do que muitas pessoas possam imaginar, este coração artificial não foi projetado para ser utilizado pelo resto da vida. A ideia é que o paciente use enquanto se prepara para o transplante oficial.