Seguranças que atuaram na campanha de Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura de São Paulo afirmam ter sofrido um calote de mais de 200 mil reais. A denúncia foi revelada pelo UOL, e envolve cerca de 20 profissionais que alegam não terem recebido pelos serviços prestados entre setembro e outubro deste ano.
De acordo com os profissionais, que são policiais militares e guardas municipais da ativa ou aposentados, a contratação foi realizada por um coordenador de segurança da campanha do ex-coach. O grupo foi convocado para reforçar a segurança de Marçal, da candidata a vice-prefeita, Antônia de Jesus, e de outros membros do PRTB. Eles se revezavam em escalas de trabalho durante seus dias de folga.
Segundo o site, a campanha teria dado um calote de ao menos 10 mil reais em cada um dos seguranças. Os agentes também não teriam recebido reembolsos de alimentação e estacionamento, conforme havia sido prometido na contratação dos serviços. Eles optaram por conversar com o UOL sob condição de anonimato, para evitar eventuais perseguições pela campanha do ex-coach.
“Acordo de boca”
“Uma pessoa que pregou a campanha inteira, que era chamada por Deus para cuidar do povo, mas não tratava com respeito quem estava ao lado dele. Ele tinha que cuidar primeiro de quem estava perto dele”, reclamou um dos seguranças de Marçal, ao UOL.
A reportagem trouxe o depoimento de um dos seguranças dizendo que o ritmo de trabalho era intenso e se estendia por horas. Eles teriam realizado o acordo no “boca a boca”, sem contrato formal. “Se eu tivesse dinheiro, não estaria fazendo bico. Quando começamos a não receber resposta, bateu o desespero porque todo mundo faz trabalhos extras que deixou de fazer para trabalhar na campanha”, disse mais um dos seguranças.
Outra das vítimas do calote revelou que uma advogada foi acionada para notificar a empresa ligada à campanha de Marçal que teria ficado responsável pelos pagamentos. A empresa citada é a Hipersapiens Treinamento e Soluções em Saúde, ligada a um segurança da campanha.
O que diz a equipe de Marçal
A equipe de Marçal, que chegou a realizar os primeiros pagamentos diretamente aos seguranças, nega as acusações. Em nota, eles afirmam que todos os seguranças que prestaram serviço “diretamente para Pablo Marçal” estariam com os pagamentos em dia. A alegação é de que o calote teria sido dado pelo partido, o PRTB, que não se pronunciou.
Os seguranças, no entanto, contestam a versão. Segundo eles, os serviços prestados também beneficiaram Marçal, já que a equipe se revezava para atender a ele e a vice. A denuncia ainda aponta, além do calote, a falta de formalização de contratos e a imposição de jornadas extenuantes ao lado do ex-coach. Marçal teria, segundo as vítimas, “falhado em cumprir os compromissos financeiros e éticos”.
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