Francisco de Assis Pereira, mais conhecido como o Maníaco do Parque, teve sua história retratada em três produções disponíveis no Prime Video. Além de um documentário, o serviço de streaming lançou recentemente um filme inspirado em fatos reais, que mistura elementos de ficção. Dirigido por Maurício Eça e coescrito por Thaís Nunes, o filme busca não apenas contar a história do criminoso, mas também dar voz às mulheres e representar as vítimas de seus atos.
Entretanto, os espectadores podem questionar o que é real e o que é ficção na narrativa apresentada. O documentário, que é baseado em uma pesquisa detalhada realizada por Thaís Nunes e sua equipe, será lançado na plataforma em 1º de novembro e promete oferecer uma visão mais precisa dos eventos.
Contexto
Em 1998, enquanto a Copa do Mundo na França dominava as manchetes — com o Brasil sendo derrotado na final pelo time da casa — os crimes do Maníaco do Parque chocavam São Paulo, especialmente no Parque do Estado, na zona sudeste da cidade. Assim como no filme, Francisco de Assis era motoqueiro, trabalhava com entregas e participava de campeonatos de patinação, refletindo a vida real do criminoso.
Corpos e autópsia
Na realidade, a busca pelo Maníaco do Parque começou quando um menino entrou na mata para buscar uma pipa e encontrou o corpo de Selma Ferreira. No filme, a cena é retratada de maneira semelhante, mas quem encontra o corpo é um senhor de idade. Logo em seguida, a cena corta para uma redação de jornal. A autópsia da vítima também é mostrada no filme, com lesões que correspondem as reais. Na obra, Francisco é visto descartando vários objetos, incluindo uma identidade, na privada de onde trabalhava e morava. Na vida real, o documento de Selma foi encontrado nesse local pela polícia.
A captura do Maníaco do Parque
No filme, assim como na realidade, Francisco foge apressadamente da empresa onde trabalhava após ser identificado pela polícia, deixando um recado para o patrão. A semelhança entre ficção e realidade continua, mas com algumas diferenças: na vida real, Francisco fugiu para uma aldeia de pescadores no Rio Grande do Sul, perto da fronteira com a Argentina, depois de ver seu retrato falado no jornal.
No filme, ele faz amizade com o dono de uma casa, que o deixa sozinho com sua esposa. Quando o dono vê a imagem de Francisco no jornal, volta com a polícia e o criminoso é preso. Na vida real, Francisco foi reconhecido imediatamente pela dona da casa, que chamou as autoridades após ele pedir para tomar banho.
Helena não existiu
A personagem principal do filme, Helena, é uma jornalista de São Paulo que lidera a busca pelo Maníaco do Parque. Ela identifica a voz do assassino e o reconhece em uma filmagem de patinadores. No entanto, Helena é uma personagem fictícia, criada por Maurício Eça e Thaís Nunes para evitar que Francisco de Assis Pereira fosse o foco principal da narrativa. Além disso, Helena foi introduzida para abordar o machismo enfrentado pelas mulheres na época, especialmente nas redações jornalísticas, e para representar as vítimas da história.
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