A controvérsia envolvendo Imane Khelif ganhou novos desdobramentos. A boxeadora campeã olímpica decidiu processar o site “Le Correspondant”, que publicou um suposto laudo médico alegando que ela possui cromossomos masculinos XY. Em resposta, o Comitê Olímpico Internacional (COI) também se pronunciou, afirmando que apoiará Imane Khelif e está preparando sua própria ação contra a publicação.
“Entendemos a decisão de Imane Khelif de buscar a Justiça contra aqueles que comentaram sua situação durante os Jogos Olímpicos de Paris-2024 e estamos preparando uma ação em resposta às matérias recentes”, informou o COI. A nota oficial do COI ainda ressalta que não fará comentários adicionais enquanto houver uma ação judicial em andamento, incluindo sobre artigos de imprensa e documentos sem verificação de origem.
A polêmica se acirrou após Umar Kremlev, presidente da Associação Internacional de Boxe (IBA), afirmar que Khelif teria cromossomos XY, embora os resultados do teste de gênero realizado pela entidade não tenham sido divulgados. A situação chamou ainda mais atenção nas Olimpíadas, quando a italiana Angela Carini abandonou uma luta contra Khelif alegando fortes dores no nariz após receber dois golpes.
Importante destacar que mulheres podem ter cromossomos XY e homens cromossomos XX em casos de condições genéticas, como a síndrome de Swyer. Além disso, problemas de saúde, como a síndrome dos ovários policísticos, podem elevar os níveis de testosterona em mulheres. Khelif, que se identifica com o gênero feminino desde o nascimento (cisgênero), também enfrentou resistência familiar para praticar boxe, pois seu pai inicialmente não aprovava que ela praticasse o esporte.
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