A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria da deputada Erika Hilton (PSol-SP), que busca eliminar a escala de trabalho 6×1, ganhou ampla visibilidade nas redes sociais no último fim de semana. Com a repercussão crescente, parlamentares se viram pressionados a se posicionar favoráveis ou contrários à proposta. A escala 6×1 obriga o trabalhador a laborar por seis dias seguidos, com direito a apenas um dia de descanso semanal. O Movimento “Vida Além do Trabalho” (VAT), que combate esse tipo de jornada, é um dos principais aliados da deputada na construção da PEC.
O apoio à causa cresceu nas redes sociais, impulsionando uma mobilização por assinaturas para que a PEC comece a tramitar na Câmara dos Deputados. Para o projeto avançar, são necessárias assinaturas de um terço dos deputados, ou seja, 171 parlamentares. “Ainda não alcançamos as 171 assinaturas, por isso a PEC não possui um relator para discutir o texto com outros parlamentares. Caso alguém seja a favor do fim da escala 6×1, mas tenha sugestões, o único caminho é assinar o projeto”, explicou Erika Hilton nas redes sociais.
Agora, bora responder algumas questões importantes 👇🏽
🤔 “Tal Deputado diz que só não apoia a PEC porque não concorda 100% com o texto”.
👉🏽 A PEC ainda não bateu as 171 assinaturas e por isso não tem um Relator, que trabalha o texto em diálogo com outros parlamentares. Se ele é…
— ERIKA HILTON (@ErikakHilton) November 9, 2024
A proposta conta com o apoio de partidos como PSol, PT e PSB. Após a mobilização online, deputados passaram a se manifestar, justificando seu apoio ou oposição à PEC. “Com o volume de trabalho, ainda não havia analisado a PEC, mas agora assinei. Podem contar comigo na luta por condições de trabalho mais dignas para o povo brasileiro. Pelo fim da jornada 6×1”, declarou Duarte Junior (PSB-MA).
“Eu já assinei e reforço meu apoio ao projeto de Erika Hilton pelo fim da escala 6×1. A redução da jornada é uma pauta mundial; países como Dinamarca e Alemanha já avançaram nesse tema, e não há razão para ignorarmos esse debate no Brasil”, destacou Guilherme Boulos (PSol-SP).
Eu já assinei e deixo registrado aqui meu apoio total ao projeto da @ErikakHilton pelo fim da escala 6×1. A redução da jornada de trabalho é uma pauta mundial; países como Dinamarca e Alemanha já reduziram, e não há razão para ignorarmos a importância desse debate no Brasil.
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) November 7, 2024
Em contraponto, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) argumenta que a abolição da escala 6×1 pode levar ao desemprego em alguns setores. “Para compensar os custos adicionais, algumas empresas poderiam optar por demissões, o que agravaria o desemprego, especialmente em setores com margens de lucro reduzidas”, alertou Nikolas.
Além dos debates na Câmara, o tema recebeu apoio de influenciadores digitais como Felipe Neto e Nath Finanças. “Sou empresária e tenho uma pequena empresa com mais de 30 funcionários. Nossa escala é de 5×2 e, longe de impactar o faturamento, aumentou a produtividade. Nos próximos anos, planejo adotar uma escala 4×3. Apoio o fim da escala 6×1”, afirmou Nath Finanças.
Sou empresária e dirijo uma empresa de pequeno porte, empregando mais de 30 pessoas direta e indiretamente. Faturamento de milhões. Todos os funcionários trabalham em uma escala de 5×2, o que não prejudicou o faturamento. Pelo contrário, a produtividade só aumenta. A meta é…
— Nath Finanças 💰 (@nathfinancas) November 10, 2024
O movimento VAT defende que a escala 6×1 seja substituída pela 4×3, proporcionando ao trabalhador três dias de descanso semanal em vez de apenas um.
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Apoia o fim da escala 6×1?