A retomada do julgamento de Robinho pelo Supremo Tribunal Federal (STF) trouxe novos desdobramentos. O caso, que atrai a atenção nacional e internacional, avança para a definição do destino do ex-jogador, condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo.

Com o placar atual em 5 a 1 contra a liberdade, o julgamento destaca a importância da aplicação rigorosa da lei em crimes de violência contra a mulher.

Jogador Robinho (Reprodução)

Foto: Reprodução

Condenação e Prisão de Robinho

Robinho está preso desde março de 2024 na Penitenciária II de Tremembé, em São Paulo, após ser condenado em última instância pela Justiça italiana. O caso remonta a 2013, quando o crime foi cometido em uma boate na Itália, durante sua passagem pelo Milan. Na época, a vítima, uma mulher albanesa de 23 anos, foi submetida a estupro coletivo.

A pena de nove anos foi determinada pela Justiça italiana, que recorreu ao Brasil para executar a sentença. No entanto, devido à proibição de extradição de cidadãos brasileiros, a condenação foi reconhecida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), permitindo que a pena fosse cumprida no Brasil.

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Votação no STF

O julgamento no STF tem dividido opiniões entre os ministros. Na última quarta-feira, o ministro Gilmar Mendes votou a favor da liberdade de Robinho. Por outro lado, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Edson Fachin e, agora, a ministra Cármen Lúcia, se posicionaram contra a soltura.

Em sua decisão, Cármen Lúcia enfatizou o impacto social do caso: “Mulheres em todo o mundo são submetidas a crimes como o de que aqui se cuida, causando agravo de inegável intensidade a quem seja a vítima direta, e também à vítima indireta, que é toda e cada mulher do mundo”, afirmou. Ela classificou a impunidade como “um incentivo permanente à continuidade desse estado de coisas”.

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Polêmica no Tribunal

O voto de Gilmar Mendes gerou controvérsia ao ser o único a favor da liberdade do ex-jogador até o momento. Sua decisão contrasta com os demais votos, que destacam a gravidade do crime e o exemplo que a justiça brasileira deve dar em casos de violência sexual.

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A ministra Cármen Lúcia reforçou essa perspectiva, afirmando que é fundamental “uma resposta que não se limite à punição do caso concreto, mas que repudie uma cultura de violação à dignidade de todas as mulheres”.

Próximos Passos

Com 11 ministros no STF, ainda faltam votos para consolidar a decisão. No entanto, com cinco votos contrários à liberdade de Robinho, o cenário atual indica uma provável manutenção de sua prisão.

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A decisão do STF será crucial não apenas para o futuro do ex-jogador, mas também para reafirmar o compromisso do Judiciário com o combate à violência contra a mulher e o fim da impunidade em casos de estupro.

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