Justiça portuguesa condena mulher por ofensas racistas a filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso e casal comemora; veja

Uma mulher foi condenada pela Justiça portuguesa após praticar racismo contra Titi e Bless, filhos dos atores Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso. O caso ocorreu em julho de 2022, em Portugal, e gerou grande repercussão.

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A Condenação e as Penalidades

Adélia Barros foi sentenciada a oito meses de prisão, mas cumprirá a pena em liberdade desde que não cometa novos crimes durante os próximos quatro anos. Além disso, foi determinada uma indenização de R$ 100 mil, sendo € 2,5 mil (R$ 15 mil) para a organização SOS Racismo e € 14 mil (R$ 86,5 mil) para as crianças vítimas do crime.

A decisão foi divulgada na sexta-feira, 15 de novembro de 2024. Segundo a procuradora responsável, Adélia perdeu “uma oportunidade de se retratar” durante o processo.

O Caso de Racismo em Portugal

O incidente aconteceu em um bar da Costa da Caparica, onde Adélia exigiu que Titi, Bless e um grupo de angolanos fossem retirados do local. Durante o ataque racista, ela se referiu às vítimas como “pretos imundos”. Giovanna Ewbank confrontou a mulher, e a polícia foi acionada. O episódio foi gravado e amplamente divulgado nas redes sociais.

Após a denúncia, o Ministério Público português pediu a prisão da mulher, levando à sentença proferida mais de dois anos após o ocorrido. Durante o julgamento, a defesa argumentou que Adélia estava alcoolizada e alegou que ela não se lembrava do ocorrido, embora afirmasse sentir vergonha.

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Manifestação de Ewbank e Gagliasso

O casal Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso divulgou um comunicado nas redes sociais após a condenação. Eles comemoraram a decisão, mas também destacaram a necessidade de continuar lutando contra o racismo.

“Como todos sabem, no dia 30 de julho de 2022 nossos filhos e uma família de turistas angolanos foram vítimas de racismo quando estávamos de férias na Costa da Caparica. Sim, o racismo não dá férias, mas hoje parece dar uma trégua com mais uma condenação histórica”, escreveram.

Eles também reconheceram o privilégio de terem visibilidade no caso: “Sabemos que essa vitória acontece por termos visibilidade e por sermos brancos. Sabemos que somos mais ouvidos que quaisquer mãe ou pai negros que ainda são silenciados. Sabemos. E não podemos parar – principalmente se o nosso privilégio fizer diferença numa luta. É esse o nosso papel, é esse o papel da branquitude”.

O casal ainda destacou a importância da decisão no contexto português: “Esta é a primeira vez que a lei portuguesa condena uma pessoa em consequência do racismo. A mulher que agrediu nossos filhos – que são crianças – foi condenada a oito meses de prisão. Logo, estamos muito confiantes na Justiça Portuguesa”.

 

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Impacto e Relevância

O caso marca um precedente importante em Portugal, onde esta foi a primeira condenação judicial de racismo no país. A ampla divulgação do episódio e a mobilização pública foram fatores cruciais para o desfecho.

Giovanna e Bruno encerraram o comunicado reforçando a necessidade de vigilância contra o racismo: “MAIS UMA VEZ devemos dizer que precisamos seguir vigilantes, pois o racismo SEGUE, segue diminuindo, ferindo, matando. E não podemos esmorecer diante dele”.

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