Ryan Borgwardt, morador do estado de Wisconsin, fingiu sua própria morte em agosto, e foi viver no Leste Europeu durante 4 meses. Agora, o homem de 45 anos, que é casado e pai de três filhos, voltou para os EUA e está sob custódia. A trama foi divulgada pelo xerife do condado de Green Lake, Mark Podoll, nessa quarta-feira (11).
Segundo as autoridades, Borgward voltou por conta própria para o país, por causa de sua família. O xerife ainda disse que seu escritório recomendou uma série de acusações contra o homem, como a de obstrução de Justiça. No entanto, nada foi oficializado e ele permanece detido até a realização da audiência.
De acordo com Podoll, Ryan deu sinal de vida pela primeira vez no dia 11 de novembro, quando se comunicou com as autoridades que já investigavam o suposto desaparecimento. O país exato em que o homem ficou durante esse tempo não foi divulgado. “Puxamos pelo coração dele para que voltasse para casa”, explicou o xerife.
Fraude
Borgwardt revelou às autoridades que forjou a própria morte por “motivos pessoais”. Para realizar o plano, ele viajou até Green Lake, que fica a 80 quilômetros da sua casa, e virou seu caiaque na água. Depois disso, ele remou em um barco inflável até a costa, abandonou seu celular e pedalou por 110 quilômetros até chegar em Madison. Por fim, ele foi de ônibus até Detroit e fez a travessia para o Canadá, onde pegou o voo para Europa.
Segundo Ryan, ele escolheu esse lago porque é o mais fundo de Wisconsin. As buscas pelo corpo do homem duraram um mês, custando cerca de US$ 35 mil (R$ 208 mil). Dessa forma, as investigações apontam que o pai tenha orquestrado seu sumiço por pelo menos sete meses. Em meio às buscas, os agentes também descobriram que o nome do suspeito havia sido verificado pelas autoridades policiais do Canadá no dia seguinte ao seu desaparecimento.
Farsa revelada
As autoridades passaram a desconfiar da farsa após buscas em um laptop apontarem algumas pistas de que Borgwardt não havia se afogado, mas sim, fugido. O disco rígido do aparelho em questão foi substituído e os navegadores limpos no dia em que Ryan supostamente teria desaparecido no lago.
Os policiais acharam diversas fotos de passaporte, conversas com uma mulher do Uzbequistão, além de perguntas sobre transferências de dinheiro. Eles também descobriram que Ryan havia feito uma apólice de seguro de vida no valor de US$ 375 mil (R$ 2,26 milhões) em janeiro deste ano. Apesar das mentiras, o xerife Podoll se manteve otimista quanto ao desfecho da história. “Trouxemos um pai de volta”, disse ele.
Confira a seguir: 4 sinais que o homem dá quando tem outra.
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