Um atendente da empresa Loovi Seguros, localizada em Belo Horizonte – que tem como um dos principais investidores o coach Pablo Marçal – acionou a Justiça após ser demitido por se recusar a participar de um culto religioso promovido dentro do ambiente corporativo. O caso ganhou ampla repercussão depois que um vídeo, gravado pelo próprio trabalhador, viralizou nas redes sociais.

 Neymar fechou parceria com Loovi Seguros - Foto: Divulgação

Neymar fechou parceria com Loovi Seguros recentemente – Foto: Divulgação

O episódio ocorreu em 27 de janeiro, quando o CEO da companhia, Quézide Cunha, convocou os funcionários para um culto evangélico realizado dentro da empresa. O trabalhador, que não teve sua identidade divulgada, afirmou que não se sentia bem para participar da atividade naquele dia e optou por continuar desempenhando suas funções.

Diante da recusa, Cunha respondeu: “Se você não está bem para ficar num culto, você não está bem nem para estar dentro da empresa”. Em seguida, o funcionário foi informado de sua demissão.

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Denunciado

O caso foi levado ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e denunciado ao Ministério Público do Trabalho (MPT). A defesa do trabalhador alega que a empresa impõe práticas religiosas aos colaboradores, interrompendo atividades para a realização de cultos semanais, o que demonstraria “total descaso com a liberdade religiosa”.

Segundo as advogadas do atendente, a demissão foi arbitrária e discriminatória, ferindo princípios constitucionais. “O empregado foi surpreendido com uma atitude desrespeitosa e coercitiva, sendo desligado por não compactuar com a imposição religiosa da empresa”, declararam.

Em nota, a empresa disse que a denúncia “será processada seguindo todos os parâmetros legais e administrativos”. Completou, ainda, que “após o recebimento da denúncia e a conclusão da instrução do processo administrativo, em que são garantidos de maneira ampla o direito de defesa e do contraditório, a Administração dispõe de até 30 dias” para tomada de decisão, prazo este que pode ser prorrogado.

Possíveis irregularidades

No último 31 de janeiro, a Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) apresentou ao governo federal uma denúncia sobre propaganda enganosa e atuação irregular da Loovi Seguros.

A entidade solicitou a interrupção das atividades da empresa e a aplicação de sanções administrativas, alegando tratar-se de uma representante de seguros “com possível atuação como sociedade seguradora”, mas “sem a devida autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep)”.

“A ação irregular dessa empresa inclui massiva propaganda enganosa, induzindo e mantendo o consumidor em erro, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor”, declarou a Fenacor, em nota.

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