O cantor sertanejo Leonardo está envolvido em uma polêmica judicial após ser citado em ações movidas por compradores de lotes em Querência, no Mato Grosso. Os compradores alegam que o artista ajudou a promover um empreendimento imobiliário irregular que movimentou milhões e, até hoje, não foi entregue. Leonardo, no entanto, nega envolvimento como sócio e afirma ter atuado apenas como garoto-propaganda.

Imagem colorida de Leonardo cantando, com a mão no peito - Metrópoles

Foto: Divulgação

Empreendimento sem entrega e acusação de golpe

Os problemas começaram com a venda dos lotes do residencial Munique Smart Life, que está parado há mais de três anos, sem previsão de entrega. A venda foi realizada em parceria com a empresa AGX Smart Life, do empresário Aguinaldo José Anacleto. A situação se agravou quando veio à tona que os terrenos enfrentam um processo de reintegração de posse por parte dos antigos proprietários.

O nome de Leonardo se tornou um dos principais pontos de questionamento, pois o cantor esteve na cidade para divulgar os empreendimentos e apareceu em vídeos, outdoors e outros materiais promocionais. Sua presença garantiu credibilidade ao projeto, levando centenas de pessoas a investirem.

Foto: Reprodução

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“Você não vai se arrepender”, disse Leonardo na divulgação

Em um vídeo gravado em 2022, o cantor incentivou os moradores da cidade a comprarem os lotes: “Alô, galera maravilhosa de Querência, meu Mato Grosso querido. Olha, quer fazer um bom negócio e investir bem o seu dinheiro? AGX e Leonardo! Estamos aqui em Querência com vários empreendimentos. Venha aqui conhecer, meu filho, venha! Venha fazer um bom negócio. Você não vai se arrepender. Estou te esperando aqui”, disse Leonardo.

Compradores exigem ressarcimento e indenização

Muitos compradores alegam que já quitaram os valores dos lotes, mas continuam sem qualquer previsão de receber os terrenos. Por isso, estão pedindo a rescisão dos contratos, o reembolso dos valores pagos e indenizações por danos morais.

A Associação Residenciais Munique, que representa um grupo de pelo menos 100 pessoas afetadas, entrou com uma ação coletiva na Justiça, com valor estimado em R$ 2,8 milhões. Além de Leonardo e da AGX, a ação também envolve corretores, imobiliárias e a própria prefeitura de Querência.

Lotes vendidos sem aprovação da prefeitura

Os loteamentos Munique I, II e III não possuem registro no Cartório de Imóveis de Querência e sequer foram aprovados pela prefeitura para venda. A documentação estaria irregular, faltando licenças ambientais e projetos básicos. Mesmo assim, os lotes foram amplamente comercializados, gerando um faturamento estimado em R$ 48,1 milhões.

O problema se agravou quando os antigos donos do terreno entraram com uma ação para reaver a propriedade. Eles alegam que, dos R$ 12,9 milhões acordados na venda, apenas R$ 4,7 milhões foram pagos. Ainda segundo os proprietários, a partir da terceira parcela, em maio de 2023, os cheques começaram a voltar por falta de fundos.

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Leonardo e AGX se defendem

O cantor Leonardo, por meio de sua assessoria, declarou que seus advogados já estão acompanhando o caso. Ele reforçou que atuou apenas como garoto-propaganda, como faz em outras campanhas publicitárias, e negou qualquer envolvimento na administração do empreendimento.

Já a AGX alegou que o residencial Munique Smart Life não se trata de uma venda de lotes, mas sim de um modelo de investimento baseado em cotas dentro de uma Sociedade em Conta de Participação (SCP), uma estrutura jurídica que, segundo a empresa, está devidamente regularizada: “A negociação segue judicialmente, mas não há inadimplência reconhecida e a paralisação das obras decorre da inadimplência de investidores, incentivada por calúnias e desinformação”, declarou a empresa.

Sobre Leonardo, a AGX garantiu que ele não tem responsabilidade sobre a administração do projeto: “Firmou uma parceria de publicidade, cedendo o direito de uso de sua imagem. Ao firmar essa parceria, ele também apostou no empreendimento, acreditando em seu sucesso, mas não possui qualquer participação ou responsabilidade administrativa nos empreendimentos”, informou a empresa.

Com o caso se desenrolando na Justiça, os compradores seguem cobrando respostas e soluções para o impasse, enquanto Leonardo tenta desvincular sua imagem do escândalo.

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