Nos últimos dias, uma nova febre tomou conta das redes sociais: transformar fotos em ilustrações no estilo do Studio Ghibli usando inteligência artificial. A tendência surgiu após a OpenAI lançar, em 25 de março, uma atualização no ChatGPT, permitindo a criação de imagens detalhadas com o modelo GPT-4o.
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Ayrton Senna foi um dos que foram recriados pela IA — Foto: Reprodução/X
Desde então, internautas têm usado a ferramenta para recriar retratos pessoais, memes e até cenas históricas com a estética característica do famoso estúdio japonês, responsável por clássicos como ‘A Viagem de Chihiro’ (2001) e ‘Meu Amigo Totoro’ (1988). O interesse foi tão grande que a OpenAI precisou impor limites temporários na geração de imagens devido à alta demanda.
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Meme da Nazaré com estilo Studio Ghibli, criada com o ChatGPT — Foto: Reprodução/X
A procura pelo recurso foi tão intensa que o próprio CEO da OpenAI, Sam Altman, confirmou que a empresa precisou limitar temporariamente a criação de imagens devido à alta demanda. Enquanto isso, os usuários seguem explorando as possibilidades e compartilhando suas criações, tornando a trend um dos assuntos mais comentados da internet.
Meme de Faustão com estilo Studio Ghibli, criado com o ChatGPT — Foto: Reprodução/X
Saiba como criar sua própria imagem no estilo Ghibli
Para gerar uma imagem desse estilo no ChatGPT baseada em uma foto específica, é preciso entrar na conta, apertar o botão de “+” e subir o arquivo com a foto desejada. A partir disso, algumas sugestões de prompt são:
- (Com imagem): A partir dessa foto, crie uma arte digital com as características das animações do Studio Ghibli. Leve em conta os detalhes de modelos, ambientes e cenários. Tente fazer algo original, mas que seja bem próximo aos filmes do estúdio.
- (Sem imagem): Gere uma imagem da seguinte forma: [descreva o que você quer criar]. Faça isso utilizando como referência o estilo de animação do Studio Ghibli. É importante que seja original, mas que use os filmes do estúdio como base.
Polêmicas sobre IA e a arte do Studio Ghibli
O sucesso da trend também reacendeu discussões sobre o impacto da inteligência artificial na arte. O próprio Hayao Miyazaki, um dos fundadores do Studio Ghibli, já criticou o uso dessa tecnologia na criação artística.
Ronaldinho Gaúcho com estilo Studio Ghibli, criado com o ChatGPT — Foto: Reprodução/X
Em 2016, um documentário da emissora japonesa NHK mostrou Miyazaki assistindo a uma demonstração de animação gerada por IA. A equipe responsável apresentou um modelo que simulava movimentos de criaturas deformadas, sugerindo que poderia ser usado para animar zumbis. O diretor reagiu com indignação, afirmando que aquilo era um “insulto à vida” e que os criadores da tecnologia não compreendiam a dor humana.
Além disso, questões de direitos autorais também entram na discussão. O estilo visual do Studio Ghibli, com traços delicados, cores suaves e cenários detalhados, é uma marca registrada do estúdio. O uso da IA para replicar essa estética levanta dúvidas sobre até que ponto essas imagens podem ser consideradas criações originais ou se configuram uma forma de apropriação do trabalho artístico.
‘A Viagem de Chihiro’, filme do Studio Ghibli – Foto: Reprodução
Casos semelhantes já aconteceram no mundo da arte. Em 2023, nos Estados Unidos, um estudante universitário venceu um concurso de arte com uma imagem gerada pela IA Midjourney, derrotando concorrentes humanos. O episódio gerou debates sobre se a inteligência artificial representa uma ameaça para artistas ou se pode ser apenas mais uma ferramenta criativa.
Confira a seguir: ‘Titanic 2’: A continuação inventada por Silvio Santos para capitalizar audiência na TV.
Já criou sua imagem no estilo Studio Ghibli? O que você acha dessa trend?
