O ator Dado Dolabella voltou a se manifestar publicamente sobre os desdobramentos judiciais envolvendo seu antigo relacionamento com a atriz Luana Piovani. Em entrevista ao canal da Veja, no YouTube, ele abordou temas como a disputa com a ex-namorada, o peso da opinião pública e o funcionamento do sistema judiciário brasileiro.

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Disputa com Luana Piovani e condenação social
Dado Dolabella e Luana Piovani mantiveram um relacionamento entre 2006 e 2008, e desde então protagonizam uma série de embates públicos e judiciais. O ator comentou a recente derrota que sofreu na Justiça após mover um novo processo contra a ex-namorada, que o chamou de “criminoso”: “Ela não conseguiu ganhar uma instância, não conseguiu provar nada do que ela diz. Então, assim, como ela não conseguiu o que ela queria, que era a condenação judicial, ela tenta, até hoje, uma condenação social”, declarou.
Segundo ele, a atriz insiste em reviver o assunto quase duas décadas após o fim da relação: “Já tem quase 20 anos e até hoje ela fala disso, fica lembrando, remoendo.”
Dado também alegou que não deve ser julgado eternamente por episódios do passado: “Eu quero viver, eu tenho uma família, tenho três filhos. Não posso viver por causa de um problema, para o resto da vida, como se eu fosse um criminoso, se nem a Justiça me condenou. Então como vou ser um condenado?.”
Críticas ao sistema judiciário e alegação de desigualdade de gênero
O ator aproveitou a entrevista para apontar o que considera falhas do sistema judicial brasileiro. Ele afirma que, em determinadas situações, o gênero pode influenciar no julgamento da sociedade, mesmo sem uma condenação formal: “É isso que eu vejo que hoje a gente tem um mundo que está complicado de você viver, porque às vezes uma situação dessas, em que houve julgamento, e mesmo assim, a pessoa por ter um gênero específico, a voz dela tem comprovação probatório no quesito social, independentemente se a Justiça condenou ou não”, opinou.
Na visão dele, existe um desequilíbrio na forma como os relatos de mulheres são recebidos pela sociedade: “Hoje se o gênero feminino fala alguma coisa, já é o suficiente.”
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Prisão por pensão alimentícia e alegação de morosidade judicial
Ao comentar sua prisão em 2008 por não pagamento de pensão alimentícia, Dado disse que sua situação é reflexo de uma disparidade no tratamento de processos envolvendo homens e mulheres: “Quando lá atrás fui preso por causa da pensão, hoje (isso) é um problema no Brasil… Quando o homem, o pai, entra com um pedido revisional da pensão, existe morosidade na Justiça, que dura anos para ser julgado na questão do alimento”, argumentou.
De acordo com ele, os pedidos de execução feitos pelas mães têm andamento mais ágil do que as revisões solicitadas pelos pais: “Existe a vara da execução, que vai mais rápido… Aí quando a mulher entra com pedido de execução de sentença, porque não quer receber o valor previamente estipulado na Justiça, a prisão vai mais rápido do que a revisão. É injusto, mesmo eu comprovando tudo (a condição financeira da época). Foi o que acarretou na minha prisão.”
As declarações de Dado Dolabella ignoram a gravidade das acusações que enfrentou e minimizam o impacto da violência contra a mulher, reduzindo o debate a uma suposta vantagem feminina na Justiça. Ao tentar se vitimizar, ele desvia o foco do que realmente importa: a necessidade de proteger as vítimas e garantir que denúncias sejam levadas a sério, independentemente de decisões judiciais passadas.
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