A recente liberação de milhares de páginas dos arquivos relacionados ao assassinato do ex-presidente norte-americano John F. Kennedy voltou a colocar em evidência não apenas as circunstâncias de sua morte, mas também aspectos controversos de sua vida pessoal. Entre os documentos, segundo matéria divulgada pelo site Radar Online, constam informações sobre um possível episódio delicado envolvendo a atriz Marilyn Monroe. A revelação, embora não tenha relação direta com o crime de Dallas, em 1963, resgata rumores antigos sobre um relacionamento extraconjugal com repercussões que teriam ocorrido no auge da campanha presidencial de Kennedy.

Abertura da reportagem publicada em 11 de abril de 2024 pelo site Radar Online — Foto: Reprodução

Abertura da reportagem publicada em 11 de abril de 2024 pelo site Radar Online — Foto: Reprodução

Um romance que antecedeu a Casa Branca

John F. Kennedy conheceu Marilyn Monroe em 1953, ano em que se casou com Jacqueline Bouvier, a Jackie. O relacionamento com a atriz teve idas e vindas ao longo da década, e ganhou força nos bastidores de Hollywood e da política americana. O envolvimento entre os dois teria sido mantido em segredo por conta da imagem pública do então senador e, mais tarde, candidato à presidência.

Segundo o Radar Online, o romance foi marcado por encontros discretos e até mesmo a participação do irmão de Kennedy, o então procurador-geral Robert Kennedy. A ligação entre Marilyn e JFK teria se intensificado no final da década de 1950, coincidindo com os preparativos do político para as eleições presidenciais de 1960.

Impactos sobre a candidatura de Kennedy

No mesmo ano da eleição que o levaria à Casa Branca, Marilyn teria enfrentado um momento crítico em sua vida pessoal. De acordo com a reportagem, ela estaria envolvida na produção do filme Adorável Pecadora, ao lado do ator francês Yves Montand, e ainda casada com o dramaturgo Arthur Miller. O triângulo amoroso teria gerado dúvidas sobre a paternidade de uma possível gestação:

Veja também: cupom de desconto exclusivo do site na Shopee aqui

“Miller acreditava que o bebê era filho do playboy parisiense Montand – e Marilyn não o dissuadiu dessa ideia. Mas ela sabia que o bebê era, na verdade, de JFK”, afirma o site. A publicação ainda cita registros fotográficos da atriz com a silhueta visivelmente alterada durante uma sessão de fotos em Nova York, nos preparativos para o filme Os Desajustados (1961), estrelado por ela e Clark Gable.

Pressões políticas e pessoais

De volta a Los Angeles, Marilyn teria confidenciado a situação a John F. Kennedy. A reação do político, segundo a apuração do site, teria sido motivada pela necessidade de preservar sua imagem pública e o casamento com Jackie em plena corrida presidencial: “Ela não poderia ter a criança a fim de preservar sua imagem como candidato no meio da campanha presidencial e também o seu casamento”, aponta o Radar Online.

Logo depois, a atriz viajou para o estado de Nevada para as filmagens de Os Desajustados e, durante esse período, ficou internada por dez dias. A versão divulgada na época foi de que Marilyn sofrera um episódio de exaustão: “A verdade é que ela passou por um aborto”, afirma o site, interpretando os dados presentes nos arquivos divulgados.

Leia também: Colher de pau pode estar com os dias contados: utensílio representa risco à saúde e deve ser evitado

Mortes cercadas de teorias e silêncio

Marilyn Monroe foi encontrada morta em 4 de agosto de 1962, em sua residência em Los Angeles, aos 36 anos. A versão oficial apontou overdose de barbitúricos, mas a morte da atriz continua sendo tema de teorias alternativas. Algumas delas especulam o envolvimento dos Kennedy na tragédia, embora nenhuma evidência concreta tenha sustentado tais alegações até hoje. O Radar Online menciona essas especulações, mas reforça que “nenhuma prova foi apresentada nesses anos todos.”

John F. Kennedy, por sua vez, foi assassinado pouco mais de um ano depois, em 22 de novembro de 1963, durante um desfile em carro aberto pelas ruas de Dallas. Tinha 46 anos e se preparava para disputar a reeleição. A nova liberação dos arquivos durante o governo Trump não trouxe grandes novidades sobre a autoria do atentado, Lee Harvey Oswald continua sendo apontado oficialmente como o único responsável pelo crime.

Controvérsia e resistência familiar

A decisão de liberar os documentos, feita no início do segundo mandato de Donald Trump, gerou críticas de membros da própria família Kennedy. Jack Schlossberg, neto de JFK, se posicionou contra os holofotes dados ao tema, argumentando que a obsessão com eventos do passado não deveria ofuscar problemas urgentes da atualidade: “Foi um evento que aconteceu há mais de 60 anos”, comentou ele, demonstrando insatisfação com a maneira como o caso voltou ao noticiário.

Ainda assim, o interesse popular e histórico persiste, alimentando debates entre estudiosos e teóricos da conspiração. E embora as novas informações não tragam conclusões definitivas sobre a morte de Kennedy, reacendem o interesse sobre as complexas relações pessoais e políticas que marcaram sua trajetória.

O que você achou dessa notícia? Comente.