O falecimento do Papa Francisco reacendeu uma série de teorias que combinam crenças religiosas, simbolismos bíblicos e antigas profecias sobre o fim do mundo. Entre as interpretações que voltaram a circular com força está uma leitura do capítulo 17 do livro do Apocalipse, em especial o versículo 10, que menciona a existência de “sete reis”, seguidos por um oitavo, associado a um destino sombrio.

O trecho diz: “São também sete reis. Cinco caíram, um existe, o outro ainda não chegou; e, quando chegar, deve permanecer pouco tempo. E a besta, que era e não é, também é o oitavo, e procede dos sete, e vai à perdição.” Segundo algumas teorias conspiratórias aplicadas ao contexto da sucessão papal, esses “sete reis” seriam sete pontífices que antecederiam um “oitavo rei” — uma figura simbólica que marcaria o encerramento de um ciclo profético e o início do fim dos tempos.

Possibilidade de um “papa negro” intensifica interpretações

A especulação ganhou novos contornos com a possibilidade de o cardeal guineense Robert Sarah ser eleito como o próximo papa. Sarah, conhecido por seu perfil conservador e forte ligação com as tradições da Igreja, é um dos poucos cardeais africanos cotados para o conclave. Se escolhido, seria o primeiro papa negro da era moderna. O termo “papa negro” tem dupla conotação: além de se referir à cor da pele, também remete ao título tradicionalmente dado ao superior dos jesuítas — chamados assim por usarem batinas negras.

Esse detalhe adiciona uma camada simbólica à teoria, especialmente porque o Papa Francisco foi o primeiro jesuíta a liderar a Igreja Católica, tornando-se, de certo modo, uma fusão entre o papa oficial e o “papa negro”.

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Conexões com Nostradamus e a Profecia de São Malaquias

Essas interpretações também se entrelaçam com profecias atribuídas a Nostradamus e à chamada Profecia dos Papas, atribuída a São Malaquias. De acordo com essa última, cada pontífice da história da Igreja é representado por um lema em latim — sendo o último identificado como “Petrus Romanus” (Pedro, o Romano). Este seria o papa que conduziria a Igreja durante um período de grandes tribulações, até a queda de Roma, interpretada por alguns como o fim da própria Igreja.

Apesar de o nome “Pedro” não figurar entre os favoritos ao novo papado, algumas interpretações mais simbólicas buscam associar o termo “romano” ao perfil conservador e tradicionalista — traços frequentemente associados ao cardeal Sarah.

Redes sociais reagem com teorias e simbolismos bíblicos

Logo após a notícia da morte do pontífice, usuários no Twitter passaram a vincular o ocorrido com passagens do Apocalipse, o último livro da Bíblia, conhecido por suas imagens proféticas e simbolismos sobre o fim do mundo. Muitos sugeriram que a escolha do novo papa poderia estar ligada à vinda do anticristo — figura também citada na tradição cristã.

A hashtag #Apocalipse rapidamente se tornou um dos assuntos mais comentados da tarde, reunindo desde reflexões religiosas até teorias conspiratórias e interpretações místicas sobre o futuro da Igreja e da humanidade.

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